A informação é do vice-presidente de Comunicação, Turismo e Cultura e ministro da Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, que mostrou, durante declarações à imprensa nesta quinta-feira no Palácio de Miraflores, um vídeo com parte da confissão de García Palomo, envolvido em ações terroristas.
García Palomo confessou que Julio Borges lhe disse estar disposto a derrubar o governo venezuelano de qualquer forma.
Segundo o depoimento do coronel reformado, para conseguir este objetivo, Borges recrutou o ex-chefe de Comunicação da Guarda de Honra Presidencial, Ovidio Carrasco Mosqueda.
Rodríguez disse que Carrasco foi submetido ao polígrafo, e confessou ter falado por telefone com Borges para informar que o chefe de Estado venezuelano estaria em 4 de agosto - dia do atentado com drones e explosivos-, na avenida Bolívar de Caracas, para participar da celebração pelos 81 anos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
Carrasco se reuniu pela primeira vez com Borges no parque La Llovizna, no estado de Bolívar. Na ocasião o militante da extrema-direita o convidou para que fizesse parte da conspiração para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Em troca, Carrasco pediu a Borges para que conseguisse um visto de residência nos Estados Unidos e vagas em universidades para suas filhas.
"As investigações apontam que inclusive Carrasco facilitou o processo para que os drones atacassem o palaque presiencial em 4 de agosto de 2018. Este traidor foi recrutado por Julio Borges para facilitar o asassinato do presidente Nicolás Maduro. Sentado na mesa de diálogo, Borges já estava envolvido no magnicídio frustrado", afirmou o ministro Jorge Rodríguez.
Asseverou que ficou claramente demonstrado que Julio Borges dirigiu o atentado contra Maduro.
"Um assassino como Borges deve deixar de lado a hipocrisia. Democracia nada, ajuda humanitária nada, o que vai dizer agora que seus próprios cúmplices o delataram", denunciou.