Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (27), o movimento que engloba 120 países membros afirmou que está “alarmado” e “deplora profundamente o flagrante desacato” de Israel à decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que constitui violações ao direito internacional, de aprofundar o processo de colonização dos territórios palestinos ocupados.
O MNOAL também denunciou a violência contra civis palestinos, incluindo o uso do terror, de provocações, incitação e destruição por parte de Israel, além da confiscação de terras palestinas, a construção de assentamentos de colonos judeus enquanto palestinos têm suas casas demolidas e são obrigados a se retirar.
Israel anunciou na última semana que pretende construir 2.500 edifícios no território ocupado de Jerusalém Oriental, em contradição com a resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige o fim da colonização ilegal de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia.
No domingo (22), a prefeitura de Jerusalém declarou que iria construir 566 casas em três localidades da parte leste da cidade.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostrou confiança de que terá apoio do novo governo dos EUA para também transferir a embaixada estadunidense para Jerusalém, que é considerada pelos palestinos como sua capital.
Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel e destinam anualmente cerca de 3 bilhões de dólares de ajuda ao Estado israelense, especialmente utilizados na área militar.
Calcula-se que, desde a criação de Israel pela ONU em 1948, 10 mil palestinos teriam sido mortos vítimas das políticas de extermínio que o governo de Tel Aviv impõe à Palestina.
O Movimento dos Não Alinhados pediu a completa suspensão e reversão de todas as ações de ocupação israelenses e reiterou seus chamados para intensificar os esforços com a finalidade de acabar com a ocupação israelense iniciada em 1967.
Demonstrou também seu total apoio às “legítimas aspirações nacionais e de seus direitos inalienáveis” do povo palestino, incluindo “a autodeterminação e a liberdade em um Estado da Palestina independente e viável, com Jerusalém Oriental como sua capital” e uma solução justa à situação dos refugiados palestinos.
#COMUNICADO | #MNOAL condena categóricamente actividades de asentamiento ilegal de Israel en Territorios Palestinos Ocupados. pic.twitter.com/jabcDyiXAE
— Delcy Rodríguez (@DrodriguezVen) January 27, 2017