uma entrevista à agência KCNA.
"Em 30 de maio, no estado da Califórnia, na base aérea de Vandenberg, os imperialistas americanos efetuaram um exercício que imitou a intercepção de um míssil balístico lançado por nosso país. Tais ações são consideradas como uma perigosa provocação militar", declarou o alto funcionário.
As manobras levadas a cabo, na opinião do representante das forças estratégicas do Exército Popular da Coreia, "mostram que os preparativos para uma guerra mundial por parte dos EUA atingiram sua fase final".
"Por enquanto, os EUA estão blefando, anunciando seus sucessos nos exercícios de intercepção, mas consideramos isso como uma impulsividade presunçosa da parte dos EUA, que estão em uma situação desesperada. Os Estados Unidos não devem pensar que suportariam uma chuva torrencial nuclear das nossas forças estratégicas e se salvariam. O fato da administração Trump estar brincando com o fogo da guerra nuclear apenas acelerará a maior desgraça do mundo — o ato dos EUA se transformarem em cinzas", destacou um militar à KCNA.
Nesta terça-feira (30), os EUA efetuaram com sucesso os primeiros testes de um míssil que será capaz de interceptar mísseis balísticos intercontinentais. Ademais, foi testado o chamado sistema de intercepção de ogivas (Ground-based Midcourse Defense, GMD) instalado na Califórnia. O sistema conseguiu eliminar um míssil-alvo lançado desde as Ilhas Marshall no Pacífico. O alvo foi destruído na sequência de um "colapso direto".
De acordo com os dados abertos, o complexo da defesa aérea americano GMD foi posto em serviço em 2005. Ele visa interceptar os mísseis balísticos intercontinentais e suas ogivas no espaço além da atmosfera terrestre.
Atualmente, o território continental americano é protegido por 30 sistemas de defesa aérea, no Alasca e na Califórnia, sendo que mais 15 devem ser instalados no ano de 2017.
Os EUA realizaram os testes de intercepção no dia seguinte ao lançamento norte-coreano, que já foi o terceiro das últimas 3 semanas. Um destes três mísseis lançados entre 14 e 29 de maio, segundo os especialistas, pode percorrer cerca de 4 mil km e atingir o Havaí ou Guam.
Sputniknews