Hailemariam atribuiu sua saída ao desejo de facilitar o desenvolvimento de reformas políticas no país africano.
O comitê executivo da coalizão governante reuniu-se nesta sexta-feira e acordou a imposição do estado de emergência, segundo a emissora pública estatal. O anúncio não esclarece quanto durará esta medida excepcional.
Etiópia, o segundo país mais povoado da África, viu-se sacudido em 2015 e 2016 por violentos protestos, principalmente nas regiões de Oromía e Amhara, que deixaram centenas de mortos.
Mais de seis mil presos políticos foram postos em liberdade desde janeiro em uma tentativa do Governo em acalmar os ânimos entre os oromo e os amhara, os dois grupos étnicos majoritários do país.
Ambos grupos denunciam que estão sub-representados no sistema de poder.
Mulatu Gemechu, vice-secretário do opositor Congresso Federalista Oromo, sustentou que Etiópia precisa de um sistema político completamente novo.
'Os etíopes agora precisam de um Governo que respeite seus direitos, apontou Mulatu à imprensa local.