De origem humilde, Margot trabalhou como vendedora e operadora da companhia telefónica. Foi militante comunista desde 1945, quando se incorporou ao KPD (Partido Comunista da Alemanha), e logo a seguir ao SED (Partido Socialista Unificado da Alemanha). Também integrou a direçom da Juventude Livre Alemá. Com 22 anos, em 1950, converteu-se na deputada mais jovem da Cámara Popular da República Democrática Alemá. Casou com o presidente do país, passando a partir daí a adotar o apelido Honecker.
Desde 1963 até 1989, foi ministra da Educaçom Popular. Com a queda do muro de Berlim e a anexaçom da Alemanha oriental pola capitalista, ela e Erick Honecker fôrom expulsos do partido cuja dirigência capitulou perante a República Federal, transmutado em "Partido do Socialismo Democrático". Exilada à Rússia, foi posteriormente entregue ao Estado alemám para ser julgada, junto ao seu marido e outros dirigents da RDA, por supostos assassinatos de 49 dissidentes na tentativa de pularem o muro que dividia Berlim.
Condenada ela e Erick Honecker, acabárom por ser libertados por razons humanitárias no início de 1993. Doente com cancro, o ex-líder da RDA morreria em maio de 1994, enquanto Margot continuou a viver no exílio chileno até ontem, sem nunca renegar da sua entrega vital à causa do socialismo. Numha das raras entrevistas que deu e foi emitida na tv em 2012, negou que a RDA fosse ditatorial e mostrou a sua convicçom de que o socialismo voltaria à Alemanha:
"Quais fôrom os crimes da RDA? Que as pessoas vivessem em liberdade? Que as pessoas tivessem perspetivas de vida? Que as pessoas pudessem ganhar um salário honestamente? Que tivessem umha boa educaçom, um bom sistema de saúde? Que as pessoas pudessem opinar? Que me expliquem onde é que está o delito!".
Margot e Erick fôrom acolhidos hospitaleiramente no Chile, onde nos 90 ficava a memória e a dívida polo acolhimento que a RDA deu a centenas de militantes comunistas e socialistas durante a brutal ditadura fascista de Pinochet.
Foto: Diario La Tercera