Entrevista concedida ao jornal A Nova Democracia por ativistas da Federação Anarquista Gaúcha (FAG) no dia 1º de dezembro, no Centro do Rio de Janeiro. No depoimento, eles denunciaram as constantes perseguições políticas e a campanha de criminalização que a sua organização e os movimentos populares vêm sofrendo no Rio Grande do Sul.
[Sandro Ari Andrade de Miranda*] Não seria um equívoco dizer que o problema hoje enfrentado pela indústria naval brasileira, em especial a do Município de Rio Grande (RS), é uma tragédia anunciada. Trata-se de uma consequência esperada do golpe de estado executado no Brasil em 2016 e uma das bandeiras da “Ponte para o Futuro” de Michel Temer.
[Jorge Nogueira] "Os ajustes fiscais atuais nada mais são do que tubos de oxigênio do capitalismo em crise. Visam mantê-lo respirando. Não objetivam colocar as “contas públicas em ordem” mas manter em ordem os lucros privados dos grandes bancos, especuladores e empresários."
[Sandro Ari Andrade de Miranda*] É indiscutível que atravessamos uma crise ambiental sem precedentes, que envolve desde agressivas mudanças climáticas até a perda interminável de biodiversidade e de recursos naturais. Entretanto, apesar desta calamidade que afeta as mais básicas esferas da vida social, os governos ainda não se deram conta da importância da temática que, sistematicamente, é relegada ao segundo plano, inclusive em algumas administrações de esquerda que deveriam, por princípio, colocar a agenda ambiental no centro das políticas públicas.
[Elaine Tavares] O que aconteceu ontem no Rio Grande do Sul é uma prévia do que virá em todos os estados da Federação. Deputados votando leis que retiram direitos, trabalhadores agredidos pelas polícias militares, governadores impassíveis e insensíveis às dores das gentes. O argumento para a barbárie contra os trabalhadores é o de que o estado está endividado e há que cortar na carne para equilibrar as contas. Só que esse cortar na carne, não se refere a qualquer carne. É a carne de quem produz a riqueza: o trabalhador. A carne de quem se apropria do lucro gerado por esse trabalho não sofrerá sequer um risquinho. Não bastasse isso, as pessoas que sofrem os ataques sequer sabem como a dívida foi contraída, em que bases e para onde foi o dinheiro.
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