Mas atentando ao decorrido neste texto, a desinformação e o torcido é tanto que me faz lembrar um cesteiro a torcer o vime para depois o vergar melhor, ainda que seja dificil vergá-lo e levá-lo ao sítio.Outros o tentaram sem ser bem sucedidos.
Somente dois pontos me fazem comentar esta obra de ficção que não merece muita reflexão ou atenção.
Primeiro, o internacionalismo em detrimento do nacionalismo nasce bem no inicio do desenvolvimento do socialismo por Marx e Engels. Há, claro, socialismos para todos os gostos no entanto todos eles derivam da matriz inicial socialista. O fascismo é corporativista e deriva de uma visão corporativa da sociedade baseada em muito na teoria social da Igreja. O facto de ter tido líderes que vieram do campo socialista é de somenos importancia, é como dar importancia ao facto de Durão Barroso ter sido a seu tempo, Maoista revanchista. Não se prova uma teoria por essa razão.
O partido Nazi Alemão, tem nacional socialista no nome porque antes de ser Nazi e ser tomado pela horde das cervejarias de Hilter, já era um partido de carácter social democrata (o uso de expressões como nacional e nacionais tinha por objectivo cativar os Alemães para uma Alemanha unificada ). Rodrigues dos Santos tem de reler melhor Bauer, porque Bauer coloca a questão do nacionalismo entre os Hungaros e os Austriacos numa perspectiva de consequência do sistema e do jogo do capital e não porque as classes operárias assim livremente o escolhessem.
Sobre o determinismo, no qual revejo o meu entendimento da dinamica do Universo, é como o Rodrigues dos Santos diz, sem dúvida e também como Marx o colocou, o capitalismo, a exploração do homem pelo homem será uma etapa e consequência da dinamica voraz e autofágica do capitalismo.
Aliás é fácil reconhecer esse estágio pela história da própria civilização e dos seus inicios e fins de sistemas.
E é neste ponto que Rodrigues dos Santos erra ao pensar que a velocidade de transformação da sociedade é tão grande como a sua imaginação. Pois, Rodrigues dos Santos, o facto é que ainda não chegámos lá, a esse ponto, e a não ser que tenha uma bola de cristal, não creio que o caríssimo alguma vez seja capaz de dar por ela. É que não seria nada que desejasse e por isso, toda esta verbe enviesada e travestida.
No final, o que Rodrigues dos Santos quer é vender a sua ficção e para isso, nada melhor do que escrever sobre o que nunca lhe tocou o coração, como ficcionista que é, inventa e imagina fazendo da sua distorcida ficção, realidade.
Oxford 31/05/16