Em nota, o máximo tribunal do país condena as ações de um setor da Assembleia Nacional que pretende erodir a estabilidade política, democrática e a ordem constitucional da República Bolivariana da Venezuela.
A direita, que mantém em desacato a Assembleia Nacional - impedindo o normal funcionamento do resto dos poderes públicos- pretende convocar uma sessão no Parlamento para "substituir" os magistrados do TSJ, sem nenhum fundamento legal.
Veja o comunicado abaixo:
JUNTA DIRETIVA
O Tribunal Supremo de Justiça da República Bolivariana da Venezuela, em Junta Diretiva, atuando no exercício das potestades conferidas pelos artigos 254 e 267 da Constituição da República Bolivariana da Venezuela e os artigos 2 e 3 da Lei Orgânica que o rege, emite o presente comunicado à opinião pública nacional e internacional:
O Tribunal Supremo de Justiça, através da Sala Constitucional, em sua condição de máxima intérprete da Constituição é garantidora da constitucionalidade e da legalidade no país e rechaça qualquer intenção que atente contra a estabilidade institucional da República e violente o devido processo, ao qual devem estar submetidos todos os atos que regem o Poder Público.
Neste alto Tribunal rechaçamos as ações de um setor da Assembleia Nacional que pretende erodir a estabilidade política, democrática e a ordem constitucional da República Bolivariana da Venezuela.
Este setor que se mantém em desacato, persiste em desconhecer o estabelecido no artigo 265 de nossa Constituição que expressamente demanda a concorrência dos ramos do Poder Público para proceder a remoção dos Magistrados e Magistradas do Tribunal Supremo de Justiça, prévio procedimento de qualificação de falta grave por parte do Poder Cidadão.
O corpo de servidores públicos deste Poder Judiciário continuará dando respostas às necessidades de nosso país no cumprimento da legalidade e da interpretação prudente e estrita da nossa Carta Magna, para desta forma preservar a tranquilidade e a paz em nosso povo.
Rechaçamos categoricamente qualquer ato que pretenda deslegitimar a atuação dos Magistrados e Magistradas da Sala Constitucional, que atuaram no cumprimento dos mandatos constitucionais em proteção da ordem democrática e a paz social.
Exortamos o corpo legislativo nacional a cumprir com a Constituição e as leis para preservar o Estado de direito em proteção da independência e autonomia dos Poderes Públicos.
Fazemos nossas as palavras do Papa Francisco e convidamos ao diálogo como único caminho para preservar a paz, sempre dentro do marco da soberania nacional.
Em Caracas, aos quatro (04) dias do mês de abril de 2017. Anos: 206° da Independência e 158° da Federação.
O Presidente,
MAIKEL JOSÉ MORENO PÉREZ
A Primeira Vice-presidenta
INDIRA MAIRA ALFONZO IZAGUIRRE
O Segundo Vice-presidente,
JUAN JOSÉ MENDOZA JOVER
OS DIRETORES,
MARÍA CAROLINA AMELIACH VILLARROEL
YVÁN DARÍO BASTARDO FLORES
MARJORIE CALDERÓN GUERRERO