Esta atividade batizada de "plantão" pelos porta-vozes da MUD começou de manhã cedo, como um piquenique. Com guarda-sóis, cadeiras de praia, venda de alimentos, bebidas e mesas de dominó no meio da rodovia, bloquearam a passagem da principal artéria da capital, e outras importantes vias para o oriente e ocidente do país.
Durante a manhã e depois do meio-dia, os seguidores da MUD recriaram estas cenas de passeio campestre, apesar de que alguns de seus principais dirigentes como o deputado de Primeiro Justiça (PJ) Miguel Pizarro, insistiam que "isto não é um piquenique, não é uma verbena nem uma festa, é um protesto contra a ditadura".
Aproximadamente às três da tarde entraram em ação os habituais grupos violentos que aparecem durante as manifestações da oposição, para gerar focos de violência e confrontos com as forças de segurança do Estado que tentam preservar a ordem pública.
A 500 metros do "distribuidor Altamira", onde a concentração opositora já começava a se dissolver, e muitos seguidores da MUD retiravam suas cadeiras e mesas, os grupos violentos bloquearam a rodovia com resíduos sólidos, pneus e colocaram óleo nas vias, o que provocou a atuação das forças de segurança, em defesa da integridade física dos cidadãos e seu direito à livre circulação.