Um dos motivos que obriga os alunos a não ir para as escolas é a colocação de barricadas em importantes vias, inclusive perto de escolas, o que impede a livre circulação.
Outra razão é o medo que impera entre pais e representantes diante da violência e vandalismo que caracterizam estas mobilizações, que começaram em Caracas e Miranda e podem ser vistas ainda em outros estados como Carabobo, Táchira, Mérida e Lara.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra professoras de um colégio em Caracas protestando contra a presença de grupos encapuzados. "Fora, fora" e "Queremos dar aulas" eram parte das palavras de ordem.
"Me diga comunicador social, como faço para dar aulas com isso?, Me diga se eu posso dar aulas com isso? Que mãe quer deixar seu filho aqui?", perguntou uma das professoras enquanto mostrava grupos de jovens encapuzados que estavam nas imediações do estabelecimento de ensino particular.
A situação afeta não somente a educação, mas também a recreação, a prática de atividades físicas e culturais entre crianças e adolescentes, além do resto da sociedade.
Após seis semanas de chamados quase diários a manifestações, foram registradas 35 mortes, mais de 700 feridos e elevadas perdas econômicas para os setores público e privado.
A agenda de mobilizações da autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD) se mantém até o próximo sábado, 13, e agora conta com a promoção e uso de excremento humano utilizado como bombas que chamaram de "puputovs".