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Diário Liberdade
Segunda, 22 Mai 2017 13:46 Última modificação em Quinta, 25 Mai 2017 23:30

Maduro alerta sobre existência de corrente nazi-fascista na direita extremista venezuelana

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País: Venezuela / Antifascismo e anti-racismo / Fonte: AVN

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou neste domingo que na direita extremista venezuelana existe uma corrente nazi-fascista, evidenciada nos últimos dias nas manifestações da oposição.

O chefe de Estado manifestou seu rechaço às ações terroristas e fascistas que executam grupos violentos da direita, que pretendem tomar o poder político do país e, assim, responder aos interesses de seus aliados imperiais.

Por isso o plano violento iniciado em abril e que deixou mais de 50 pessoas falecidas e mais de 900 feridos, além de danos milionários a bens públicos e privados.

As ações violentas e fascistas tiveram como principal foco de violência o município de Chacao, estado de Miranda, onde as autoridades locais permanecem indolentes diante da situação, denunciou o presidente Maduro.

"Em Chacao se aninham um grupo de delinquentes que sob efeitos de drogas, ódio e desprezo pela vida fizeram estragos por várias semanas (...) Mataram jovens venezuelanos de suas próprias fileiras, com armas artesanais. Assassinaram sua própria gente e criaram um grupo de armas letais sob o amparo dos líderes da direita", explicou.

Como resultado destes setores opositores, o país enfrenta uma grave agressão e ameaça fascista. "Na Venezuela se aninha uma corrente política nazi- fascista, que baseia sua ideologia no desprezo, na perseguição, no ódio por razões ideológicas, políticas, raciais, sociais", alertou o presidente em seu programa "Los Domingos con Maduro", transmitido pelo canal VTV.

Ele fez um pedido aos meios de comunicação nacionais e internacionais para divulgar a verdade pela paz da Venezuela e elevar os valores humanistas.

"Na Venezuela surgiu uma contrarrevolução que derivou em uma corrente nazi-fascista, e infectou o sentimento e o pensamento em milhares de compatriotas, que acreditam no direito de perseguir outros compatriotas pelo simples delito de ser venezuelano ou de ser chavista ou de ser revolucionário (...) Isso se chama democracia?, Como isso se chama? Isso é terrorismo", denunciou.

"A Venezuela deve ter consciência. Estamos enfrentando uma agressão de forças violentas, que tomaram o caminho do ódio, da intolerância, da destruição generalizada. Toda a Venezuela deve ter consciência que por trás disso está a mão imperial do governo de Donald Trump, que tem suas mãos infectadas e metidas em cheio nesta conspiração, nesta agressão que tem como objetivo tomar o controle do poder político na Venezuela, recolonizar a Venezuela", destacou.

Assédio contra escolas, transportadores e hospitais

O chefe de Estado disse que não pode permitir que, pela sede do poder, se entre em uma fase "onde perderam todo o limite, todo o controle sobre a violência que geraram", como o assédio a hospitais, ataque a bibliotecas, escolas, unidades de transporte e ameaçado a vida de milhares de venezuelanos.

A expressão máxima deste fascismo ocorreu neste sábado, afirmou Maduro. Durante uma manifestação opositora nas  imediações de Altamira, município de Chacao, opositores extremistas jogaram gasolina e atearam fogo no jovem Orlando Figueroa Zaragoza de 21 anos, que também sofreu feridas com arma branca.

Após ser incendiado, Figueroa foi perseguido e espancado, o que lhe causou politraumatismo generalizado e queimaduras em quase 100% de seu corpo. Ele está internado no Hospital Domingo Luciani. "Temos que ter consciência que chegou uma corrente fascista que, através do ódio, gera violência, destruição e autodestruição", alertou.

Maduro pediu ações do Ministério Público, Defensoria do Povo e do Tribunal Supremo de Justiça. "Que unamos esforços para que haja justiça e que todas as instituições do país condenem a violência, a intolerância, a perseguição por razões ideológicas, raciais, política, religiosas, culturais", disse.

"Peço para a  Promotoria, Defensoria. Poder Cidadão, Poder Judiciário, meios de comunicação e todo o povo venezuelano que, com uma só voz, condenemos os delitos de ódio que levam ao fascismo nesta corrente política".

O chefe de Estado instou a autodenominada Mesa da Unidade Democrática a deixar as ações violentas e unir-se ao diálogo nacional pela tolerância e o respeito. "Instalamos uma mesa de diálogo de paz com as correntes democráticas da oposição", afirmou.

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