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Diário Liberdade
Terça, 06 Junho 2017 03:56 Última modificação em Domingo, 11 Junho 2017 00:03

Familiares exigem justiça pelo assassinato de jovem queimado por grupos violentos da oposição na Venezuela

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País: Venezuela / Repressom e direitos humanos / Fonte: AVN

Familiares e amigos de Orlando Figuera, jovem queimado e apunhalado por grupos violentos da oposição, exigiram justiça durante o velório realizado nesta segunda-feira em Caracas.

"Eu peço que se faça justiça, que não fique impune, que seja feito todo o possível para que peguem esses terroristas, assassinos. Hoje fizeram isso no meu filho, amanhã farão com outro venezuelano", disse o pai do jovem.

"Chega de tanta violência! Eu peço consciência para que parem isto", clamou.

Em 20 de maio Orlando Figuera foi linchado e queimado vivo por radicais da oposição que decidiram atacar o jovem por considerá-lo chavista quando passava perto de uma manifestação no município de Chacao.

A oposição nunca se pronunciou

O pai de Figuera ressaltou que esta ação fascista contra Orlando não pode ser considerada uma manipulação, porque existe um vídeo que mostra o que aconteceu.

"Não recebi nenhum tipo de mensagem de solidariedade por parte dos líderes da oposição, jamais. Mas a promotora Ortega disse que isso era uma montagem. Veja a montagem, meu filho metido ali num caixão", disse.

José Esparragoza, tio materno do jovem vítima do fascismo, instou os setores da direita a deixar este tipo de ações vandálicas e terroristas, que somente causam dor e tristeza nas famílias venezuelanas.

"Eu esperei, se eles não têm culpa, que chegasse (Henrique) Capriles Radonski, que chegasse Julio Borges, qualquer um deles e se aproximasse de nós e que nos dissessem 'desculpem fugiu do nosso controle'", explicou.

Ele reiterou que farão o possível para que a morte de seu sobrinho não fique impune e pediu que as diferenças políticas sejam resolvidas através do diálogo. "Que a verdade seja conhecida, vamos seguir insistindo, a justiça venezuelana cedo ou tarde vai encontrar os verdadeiros culpados", disse.

Que prevaleça o amor à vida

Também estiveram presentes no funeral o ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas e a coordenadora da Grande Missão Lares da Pátria, María Rosa Jiménez.

"Vocês contam com todo nosso apoio e solidariedade e sobretudo com todo o carinho para seguir lutando, para seguir batalhando e para que este crime de guerra, de ódio, que aconteceu contra Orlando, não volte a se repetir em nossa pátria", afirmou Jiménez.

Villegas repudiou o assassinato, resultado dos constantes chamados à violência pela autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD) para promover uma sedição armada contra o Estado venezuelano.

"Façamos voto para que prevaleça a sensatez, a sindérese, o amor à pátria, o amor à vida e que todos possamos encontrar esses espaços para a paz, para a palavra, para a política no melhor sentido da palavra, não à politicagem, mas a política como via para resolver os conflitos em paz, não com a guerra", exortou.

"Viverás eternamente em nossos corações"

Os amigos e familiares recordaram o jovem de 21 anos, —que trabalhava em um supermercado— como uma pessoa amigável  e respeitosa.

"Foi uma excelente pessoa. Conheço ele desde que era criança e inclusive tive a oportunidade de estar com ele no serviço militar, na tropa orgânica do Forte Tiuna. É uma indignação saber como um ser humano tirou a vida de um jovem 21 anos e da pior maneira. Estamos consternados por este tipo de ações que falam de intolerância", disse o vizinho Mario Madera.

Diante destas ações fascistas, Madera pediu que os setores da oposição tomem consciência e apostem no diálogo.

"Dialogando podemos levar este grande país pra frente, mas não dessa maneira violenta. Eu seria incapaz como militar e venezuelano de fazer uma ação brutal contra nosso próprio povo", disse.

"Apesar da partida física de Orlando, ele viverá eternamente em nossos corações, como vizinho, familiar e amigo. Que Deus o tenha em seu santo lugar", afirmou.

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