"Fazemos um chamado a pais e representantes para que não permitam que seus filhos sejam levados como "bucha de canhão" para essas manifestações da oposição", disse Chávez para advertir sobre o risco que correm crianças e adolescentes ao estar junto dos grupos convocados pela chamada Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Esta situação, denunciada semanas atrás por Chávez, continua sendo vista e na última quarta-feira se repetiu com a morte do jovem Neomar Lander, de 17 anos, que faleceu devido à manipulação de um morteiro artesanal durante protesto opositor em Chacao, estado de Miranda.
Ele condenou que tenham colocado um menor de idade para disparar um explosivo artesanal contra a polícia e que para fazê-lo "esse rapaz, antes de morrer inclusive, tinha uns níveis de manipulação. Inocularam tanto ódio nele", acrescentou.
"A campanha midiática da direita (está criada) para gerar ódio na população e está dirigida, fundamentalmente, a nossos jovens”, disse.
"Nós viemos tomando algumas ações; por exemplo, preparamos um relatório com todos os casos de crianças e adolescentes cujos direitos foram violados, que foram agredidos”, explicou.
Chávez disse que não recebeu nenhuma proposta da Promotoria-Geral da República, depois que há 15 dias apresentaram uma denúncia sobre escolas particulares que instigam a violência e promovem o desrespeito à Bandeira Nacional.
Também denunciaram a violação do direito à educação, já que muitas crianças e adolescentes de várias cidades perdem aulas por causa da tomada de ruas e avenidas, algumas perto de escolas.
"Há muitas escolas que não podem abrir por uma guarimba", ressaltou.
Daniel Chávez afirmou que a utilização de pessoas com menos de 18 anos em manifestações viola a Constituição de 1999, que estabelece o direito à educação e ao livre trânsito, assim como a Lei Orgânica da Educação e o Código Orgânico Processual Penal.
O caso do jovem Neomar Lander é mais um entre outros ocorridos no território nacional desde abril passado, quando a MUD fez a primeira convocação para ocupar as ruas. Desde então, 67 pessoas morreram, mais de 1.200 ficaram feridas, além de danos ao patrimônio público e privado.