"As sanções de (Donald) Trump não nos permitem importar os medicamentos que estávamos importando com dólares dos Estados Unidos", explicou, acrescentando que foi necessário importar de outros países "porque nos congelaram 300.012 insulinas que vinham para a Venezuela".
Maduro responsabilizou integrantes da oposição que realizaram um "giro" por diferentes países do continente, para solicitar mais ações contra a Venezuela, com o objetivo de criar um cenário de caos e desestabilização que permita uma intervenção estrangeira.
Em 25 de agosto, o presidente estadunidense, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que proíbe negociações com o Estado venezuelano e Petróleos de Venezuela (Pdvsa), principal empresa do país.
A arremetida, executada semanas depois de que Trump ameaçasse com uma possível opção militar contra a nação sul-americana, proíbe contratar nova dívida emitida pelo Estado e Pdvsa, além de transações em certos bônus que estejam em mãos do setor público venezuelano e o pagamento de dividendos.
O decreto do governo Trump ampara a medida sob a presunção de que a "ditadura de Maduro" segue privando o povo de bens essenciais, prende opositores e impede a liberdade de expressão.
Também afirma que a decisão de criar uma Assembleia Nacional Constituinte —eleita por votação direta, secreta e universal por mais de oito milhões de venezuelanos—, "usurpa" as funções da Assembleia Nacional, e representa uma ruptura da ordem constitucional.
O governo Trump alega ainda que a "a má gestão de Maduro" e "o saqueio desenfreado dos ativos de sua nação" levaram a Venezuela a "estar cada vez mais perto do não cumprimento".
"Seus funcionários agora estão recorrendo a esquemas de financiamento opacos e liquidando os ativos do país a preços de venda de fogo", afirma o documento.
Antes da emissão deste decreto, a Casa Branca anunciou uma série de sanções contra funcionários e ex-funcionários venezuelanos, como o vice-presidente Tareck El Aissami, o procurador-geral, Tarek William Saab, além dos constituintes Iris Valera, Adán Chávez, Hermánn Escarrá e Érika Farías, por exemplo.
Além destas sanções, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, prometeu aumentar a pressão contra a Venezuela.