'Pedimos punição, não vingança, por terem enchido a pátria de sangue', manifestou ontem à noite Murillo ao denunciar também os sequestros, as torturas, violações e ameaças contra famílias nicaraguenses, no contexto da crise sociopolítica dos últimos três meses no país.
Segundo afirmou, não se trata de semear o terror, mas de que os golpistas paguem pela destruição ocasionada, porque 'tanta barbárie terrorista não pode ficar impune'.
Para a vice-governante, é inverosímil que esses grupos opositores pretendam culpar o Governo e o Estado pelos crimes provocados e cometidos por eles 'em plena luz do dia'.
Assinalou que há autores intelectuais e materiais, bem como agentes internos e externos que financiaram todas as ações contra o povo, provocando um derramamento de sangue.
Não obstante, afirmou que 'essas pessoas que têm sempre atentado contra a paz, não puderam destruir a fortaleza espiritual do povo', o que, na sua avaliação, consolidou a vitória diante da intentona golpista.
Murillo assegurou que a nação avança na restauração da paz e da segurança, e chamou todos os nicaraguenses a trabalharem unidos, a reconciliar-se, apesar da dor.
O ato foi liderado pelo presidente Daniel Ortega, que denunciou a situação de terror na qual esteve mergulhada a nação há algumas semanas, devido a práticas desconhecidas nas últimas décadas, como assassinatos, sequestros e torturas.