O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, informou que o estrondo ouvido próximo ao palanque onde discursava Maduro, com transmissão ao vivo em cadeia nacional de rádio e televisão, foi causado por detonações de explosivos despejados por drones que sobrevoavam o local.
Em pronunciamento perante a nação, realizado há poucos minutos, Maduro afirmou: “aqui estou de pé outra vez, firme” e “não puderam, nem poderão”, denunciando os terroristas supostamente ligados à oposição de direita, como patrocinados pelo governo dos Estados Unidos e pela oligarquia colombiana.
“Depois desse atentado, estou ainda mais decidido a lutar, a fazer a revolução e a vencer, pelo único caminho que temos, o caminho da paz, da constituição. A revolução bolivariana segue seu caminho”, afirmou Maduro.
De acordo com o canal RT, o presidente também informou que os autores materiais do ataque já foram identificados e detidos, enquanto ainda estão investigando e buscando seus autores intelectuais.
Desde a eleição do ex-presidente Hugo Chávez, em 1998, setores golpistas da oposição vêm tentando derrubar a chamada “revolução bolivariana”.
Em 2002, Chávez foi sequestrado e enviado para fora de Caracas, onde ficou preso por menos de três dias durante tentativa de golpe de Estado, mas foi resgatado pela mobilização popular e por setores legalistas das forças armadas.
A morte de Chávez, em 2013, após uma batalha de quase dois anos contra o câncer, é ainda hoje envolta a mistérios. Parte dos seguidores do ex-presidente, incluindo seu irmão e deputado constituinte, Adán Chávez, acredita ou cogita que os Estados Unidos estariam por trás de sua morte.
A partir da morte de Chávez, a oposição – com importante apoio de Washington e da Colômbia – iniciou um processo de desestabilização política, econômica e social da Venezuela, a fim de derrocar seu sucessor, Nicolás Maduro, e a revolução bolivariana.
Como parte desse processo, em 2014 e 2017 grandes protestos violentos ocorreram, deixando um saldo de centenas de mortos e boicote econômico que causou a atual crise econômica no país. Atualmente, sabotagens em instalações vitais como redes elétricas e de transporte e refinarias de petróleo continuam ocorrendo, assim como atentados isolados contra cidadãos comuns e militantes chavistas.