Depois de ficar explícito a ineficiência do governo Michel Temer para unificar os parlamentares golpistas no Congresso Nacional para aprovar a “reforma” da Previdência e da derrota parcial da “reforma” trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, a direção da CUT orientou seus sindicatos a intensificar a mobilização pela greve geral, seguindo a ótica de que se o inimigo está sangrando é hora de aumentar o ataque para que ele não se levante e defina sua derrota de uma vez por todas.
Outra posição importante tomada pela CUT foi a de orientar seus sindicatos de realizar a greve geral, independente da política de sabotagem da Força Sindical e UGT, centrais sindicais de origem patronal, que na véspera da greve geral anunciaram que não irão participar da greve, para fazer campanha contra a mobilização, uma vez que nunca fizeram nada a favor de greve alguma, se reuniram com ministro do Trabalho do governo golpista e estão buscando dialogar com Temer.
A situação política está de novo sob intensa polarização. A greve geral do dia 30 será novamente um marco para que os trabalhadores se coloquem contra o golpe e todos aqueles que se colocam na defesa dos interesses dos patrões golpistas, como a Força Sindical, controlada pelo “Paulinho da Força”, amigo de Cunha, Aécio e Temer, e demais grupos golpistas.
Para reverter a ofensiva dos golpistas contra todo o povo trabalhador, é preciso unificar a luta de todos os explorados de todo o País, por meio de um ato no dia da greve geral, convocada pela CUT e demais organizações operárias e populares que se opõem ao golpe.
Sem derrotar o golpe e barrar a ofensiva geral da direita (fim da CLT, liquidação das aposentadorias etc.) é impossível deter as medidas parciais de ataques dos governos golpistas. Por isso mesmo, a mobilização deve ter como eixo central a luta contra o golpe e pela anulação do impeachment.
Para impulsionar esta luta e unificar os trabalhadores em greve, convocar grandes atos centrais em todas as capitais, dando expressão à revolta geral contra o regime golpista e colocando nas ruas a força da classe operária e dos trabalhadores, única capaz de derrubar Temer e todos os golpistas e derrotar as “reformas”.