No documento "Ponte para o futuro", também batizado de "pinguela para o inferno", o Judas Michel Temer defendeu a "prevalência do negociado sobre o legislado" - o que significa a extinção total da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) -, a ampliação da terceirização para as atividades fins e a reforma previdenciária que eleva o tempo de aposentadoria. As forças empresariais que financiaram o "golpe dos corruptos" também pregam a chamada "flexibilização trabalhista" - com o aumento da jornada de trabalho, o fatiamento das férias e o fim do 13º salário e de outros direitos. O presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) já chegou a falar em jornada de 80 horas semanais.
Já a mídia patronal está em plena campanha por uma reforma trabalhista "radical". A Rede Globo já produziu matérias marotas para criticar o "atraso" da legislação brasileira, que "emperra a produção" e "trava o crescimento econômico". O oligárquico jornal Estadão, que sempre detestou a CLT, está excitado com a possibilidade de concretizar o seu velho sonho. Em editorial publicado no início de agosto, a Folha decretou que a legislação trabalhista do país é "obsoleta e excludente". Apesar do coro patronal, o "sinistro" Ronaldo Nogueira jura que "o trabalhador não corre nenhum risco'.
No evento, ele garantiu que o eixo da reforma trabalhista do covil golpista será "trazer segurança jurídica" às empresas. E afirmou em tom demagógico: "O trabalhador não será traído pelo ministro do Trabalho". Ele também adiantou "estamos trabalhado um novo marco regulatório da atividade sindical", sem dar detalhes das propostas em estudo. O boato que corre, porém, é de que o governo golpista pretende aumentar o controle sobre os sindicatos e redefinir os critérios para o seu financiamento. A experiência mundial e brasileira demonstra que o neoliberalismo não combina com democracia - o que deve servir de alerta para os sindicalistas, inclusive para os que traíram a sua classe!