Teve nesta quarta “intervenção militar” no Rio para reprimir os manifestantes, com o deslocamento da Força Nacional em apoio à Tropa da de Choque, amparada na portaria de 2013 das FFAA de “garantia da lei e da ordem”, que considera forças oponentes qualquer movimento e manifestação. Esta, por sua vez, se apoia na Lei de Organizações Criminosas aprovada no governo Dilma, que ajuda a criminalizar e reprimir os movimentos.
No Rio, porém, milhares de manifestantes, incluindo bombeiros e policiais, derrotaram a repressão, provocaram deserção inclusive na Tropa de Choque e impediram a votação do projeto de ajuste do governo, que como a PEC 55 de Temer, quer jogar a crise nas costas dos trabalhadores.
A imagem mais importante deste dia talvez tenha sido a dos dois policiais do Choque que se negaram a reprimir e aderiram aos manifestantes, sendo ovacionados.
Neste mesmo dia, um punhado de manifestantes de extrema direita invadiu o Congresso pedindo intervenção militar, quer dizer: Ditadura Militar!
A classe trabalhadora deve apoiar a manifestação dos trabalhadores do Rio de Janeiro, apoiar a luta dos servidores, inclusive a luta dos policiais cariocas que lutam contra o corte do seu salário e de seus direitos. E deve repudiar a manifestação de Brasília. Da mesma maneira que deve repudiar o deslocamento da Força Nacional para o Rio e toda a repressão à mobilização dos trabalhadores.
Vamos defender nossos direitos, lutar para que sejam os ricos a pagarem pela crise. Não ao projeto de Pezão e de Temer: contra a PEC 55, as reformas trabalhistas e da Previdência, em defesa da educação e do emprego! O caminho é fortalecer o próximo dia nacional unificado de luta, dia 25, no rumo de uma Greve Geral.
Todo apoio à luta dos trabalhadores em defesa de seus direitos!
Fora Temer! Fora todos eles! Ditadura nunca mais!
Queremos que os ricos paguem pela crise!
Que os trabalhadores governem através de conselhos populares!
* Presidente Nacional do PSTU