As condiçons de vida da imensa maioria social que conformamos esta naçom trabalhadora continuam degradando-se sob as políticas de austeridade aplicadas polas receitas neoliberais que impom a troika e o Ibex 35.
Perante este cenário tam adverso caraterizado por estarmos à beira da derrota estratégica do projeto nacional galego, e pola aprofundamento de um ciclo de refluxo da luita operária e popular, é urgente e imprescindível alterar a folha de rota que nos impom o imperialismo espanhol e da UE do Capital, os Estados, a guerra e a repressom.
O eleitoralismo tem-se convertido num letal cancro que desmobiliza o povo trabalhador e empobrecido, que gera falsas ilusons sobre as possibilidades de alterar o caderno de bitácora que tem provocado umha permanente e progressiva perda de conquistas laborais, direitos sociais e liberdades.
A estratégia eleitoralista está condenada ao fracasso porque a ditadura burguesa espanhola nunca permitirá implementar mudanças profundas sem o respaldo de um povo organizado e movimentado. Umha das consequências do eleitoralismo que carateriza o populismo socialdemocrata espanhol é a renúncia da luita organizada nos centros de trabalho e estudo, nos bairros e nas ruas, em favor de confiar nas “boas intençons” dumha nova casta de profissionais da política institucional.
Mas nom só, os resultados eleitorais do mês passado constatam os límites de delegarmos a recuperaçom do perdido empregando as urnas da “democracia” postfranquista.
Todas as conquistas atingidas pola classe operária, polo povo trabalhador, som resultado da luita, emanam do suor, sangue e lágrimas do povo em luita. Nunca nada nos foi concedido gratuitamente pola burguesia.
Os povos conquistárom a sua liberdade e soberania nacional luitando. Nom “convencendo” o imperialismo da justa causa da independência nacional.
A verdade sempre é revolucionária. Estamos numha das encruzilhadas mais importantes da luita de libertaçom nacional da Galiza. Ou reconstruimos a esquerda independentista sob um programa socialista e feminista e umha prática combativa, ou o projeto nacional galego seguirá irremediavelmente caminhando face a sua derrota estratégica.
Nom som possíveis mudanças sociais sem a independência nacional que nos permita dotarmo-nos de instrumentos soberanos para decidirmos por nós mesmas, deixando atrás o atraso e pobreza que Espanha e a UE nos tem asignado na divisom internacional do trabalho.
Nada devemos aguardar do “progressismo” espanhol, claramente chauvinista e contrário à liberdade da Galiza. Como tampouco nada podemos esperar do nacionalismo galego cindido em duas ponlas: a que mantém umha aliança político-eleitoral com a esquerda espanhola e a que incapaz de superar práticas conciliadoras e complexadas continúa instalado no autonomismo radical.
A recente visita de Obama a Espanha constata a absoluta subordinaçom dos partidos do regime ao imperialismo. Que as principais forças políticas que compitem com o PP reunissem com Obama numha base militar ianque clarifica muitas cousas. Entre elas os limites do seu “patriotismo”.
Prepotência, arrogáncia e desprezo contra a causa nacional galega; e submetimento, genuflexom e humilhaçom frente a Washington.
Só um movimento político-social de caráter ruturista, programa independentista, socialista e feminista, e umha prática coerente de luita e combate, poderá mudar o status quo que nos impóm Madrid, Bruxelas e Washington.
Estamos plenamente conscientes das adversidades e dificuldades de reconfigurar o espaço da esquerda revolucionária na Galiza. Mas também temos a firme determinaçom de modestamente contribuirmos para avançar na única direçom factível para conquistarmos umha sociedade com justiça social e plenas liberdades numha Pátria soberana.
Só confrontando e deslindando política e ideologicamente com o espanholismo de esquerda e o nacionalismo socialdemocrata galego será possível acumular forças visadas para organizar a rebeliom popular. É imprescindícel superar o ilusionismo eleitoral e abrir um ciclio permanente e encadeado de luitas .
PSOE, C´s, Podemos, PP a mesma merda é!
Viva Galiza ceive, socialista e feminista!
Antes mort@s que escrav@s!
Na Pátria, 25 de julho de 2016