Porém, nom há motivos para depositarmos expetativas na nova cita de junho. A classe trabalhadora galega e o povo empobrecido nada podem nem devem esperar desta nova convocatória eleitoral. A soluçom aos graves problemas que padecemos nom derivará da cor do governo que ocupe o palácio da Moncloa, e sim da nossa capacidade de auto-organizaçom e luita.
Nada devemos esperar porque as candidaturas que optarám novamente no mercado eleitoral já som suficientemente conhecidas, carecem de um projeto e um modelo de sociedade e de País verdadeiramente alternativo. Só aspiram a gerir o que o Ibex 35 e a troika lhes permite. Carecem de vontade ruturista, de umha alternativa anticapitalista, feminista e patriótica. Nestes quatro meses pudemos comprová-lo!
Os partidos e coaligaçons que nom representam sem complexos os interesses diretos do capital, som forças domesticadas e esterilizadas. Som eficazes analgésicos para atrasar a rebeliom popular, muros de contençom para frear a rutura democrática que fermentará nos centros de trabalho e ensino e terá a rua como centro de gravidade.
Enquanto nom se alterarem as tendências hegemónicas instaladas no povo trabalhador de acreditar no processo eleitoral burguês como mecanismo para derrotar a ofensiva neoliberal, enquanto o ilusionismo das urnas continúe a condicionar a maioria social, nom será viável acumular as forças rebeldes necessárias para passar à iniciativa.
Na atualidade nom existe possibilidade real de dar a batalha no campo eleitoral pola fraqueza da esquerda revolucionária socialista galega. Nom é pois tarefa prioritária da esquerda independentista galega participar em processos eleitorais nem apoiar os diversos reformismos que compitirám por representar os interesses populares e da naçom galega.
Na Pátria, 27 de abril de 2016
Direçom Nacional de Agora Galiza