Trás vários anos desouvindo as constantes demandas por parte dum significativo sector da populaçom do nosso país, a entidade presidida por Rafael Louçám, tivo a bem em pleno ano eleitoral, facilitar que a Galiza compita com caráter internacional.

E é que desde que em 2009 o PP retornou à presidência da Junta, esta nom só eludiu a responsabilidade de promover e dignificar o desporto galego mas também se negou reiteradas vezes a colaborar com entidades que, como Siareiras Galegas, defendem a oficialidade das competiçons desportivas nas que Galiza participa, somando já mais de 6 anos organizando em solitário o já tradicional partido de dezembro no que a “Irmandinha” joga contra combinados internacionais.

Malia acolhermos com agrado a oportunidade de que umha seleçom galega se mida em competiçom com equipas internacionais, de BRIGA queremos fazer várias observaçons:

1.- Pomos em questom a representatividade que pode ter umha seleçom desportiva nacional que exclui a mais da metade da populaçom do nosso país, as mulheres. Nem é preciso entrarmos no debate sobre a maior ou menor pertinência das competiçons mistas ou segregadas para afirmarmos que no partido do 20 maio as jogadoras de futebol da Galiza nom estarám de jeito algum representadas e continuarám invisibilizadas.

2.- Denunciamos os contínuos empecilhos que a Federaçom Galega de Futebol tem dirigido contra os jogos organizados por Siareiras Galegas para tratar de impedir que se realizassem com sucesso. A pressom exercida sobre jogador@s federad@s para que nom participassem nos partidos anuais de dezembro é um caso paradigmático e um bom exemplo do ódio e seitarismo com que a federaçom liderada por Louçám atua.

3.- Rechaçamos qualquer modelo de desporto baseado no espectáculo para o consumo de massas, na assistência passiva a umha competiçom. Tanto a Federaçom Galega de Futebol como as instituiçons que padecemos, tenhem demonstrado nulo compromisso com o desporto de base, sano, participativo e em chave nacional, e nom contatar para este evento com associaçons e equipas que o praticam e fomentam, é umha prova disso.

4.- Reconhecemos o trabalho que ano a ano e sem a mais mínima colaboraçom por parte das instituiçons (quando nom claro boicote), realiza Siareiras Galegas, umha entidade que sim tem demonstrado umha coerente defesa da oficialidade das seleçons galegas, da visibilizaçom das mulheres desportistas e do desporto de base e afastado dos modelos de consumo imperantes.

Por todo isto, o vindouro 20 de maio, BRIGA levará a sua voz crítica à manifestaçom que convoca Siareiras Galegas às 19h no Campo da Lenha, para reclamar oficialidade para as nossas seleçons nacionais e representatividade de todo o povo galego nas mesmas, mulheres e homens.

Porque se as mulheres nom jogamos, nom é o nosso jogo!

Oficialidade para as nossas seleçons!