A decisão da ONU gerou reação imediata de Israel e do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
O primeiro-ministro israelense, Benjamn Netanyahu declarou que a decisão foi vergonhosa e que pretende reavaliar os laços de Israel com as Nações Unidas.
Israel, aprovou retaliações diplomáticas aos países autores da resolução e a prefeitura de Jerusalém sinalizou que pretende aprovar a construção de mais 600 casas na parte oriental da cidade, predominantemente palestina.
Trump classificou a decisão da ONU como "uma grande derrota de Israel que fará com que seja muito mais dificil negociar a paz".
Em discurso proferido nesta quarta-feira em Washington, o secretário de Estado norte-americano John Kerry afirmou que a única saída para a paz entre israelenses e palestinos é a solução de dois Estados, em defesa do posicionamento de Obama, Kerry afirmou que "nenhum governo fez tanto para Israel como o governo Obama".
As invasões israelenses, favorecidas pela ajuda militar-financeira concedida pelos Estados Unidos, há decadas expulsa palestinos de suas casas e ocupa as terras de camponeses, que são violentamente reprimidos e classificados como "terroristas" quando tentam resistir de alguma forma. Israel controla 60% do territorio da Cisjordânia através de "requisições" dos terrenos por necessidades militares, a declaração ou o registro como terrenos do Estado e a desapropriação por "razões públicas". Na parte oriental de Jerusalém, residem em torno de 190 mil israelenses.
A legislação internacional considera todos os territórios ocupados após a guerra de 1967 ilegais e avalia que essas ocupações estabelecem um grande obstáculo para a paz e para o estabelecimento de um futuro Estado palestino. Israel ignora totalmente a resolução 242 da ONU, que estabelece a retirada das forças militares israelenses dos territórios ocupados durante a guerra de 1967.