A decisão foi tomada pelo órgão no ano passado depois da anexação russa da península ucraniana da Crimeia em 2014. "É uma resposta de toda a Aliança para manter a paz e a estabilidade e a segurança de todos os aliados", afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que acrescentou que a Rússia "investiu significativamente em suas forças armadas, em capacidades militares", e que demonstrou que "quer usá-las contra seus vizinhos, como a Geórgia e a Crimeia, além de apoiar separatistas no leste da Ucrânia".
"Por isso, respondemos e com o maior reforço desde a Guerra Fria", afirmou. Segundo o secretário-geral, com esse esforço de "dissuasão e defesa coletiva não provocamos um conflito, mas o prevenimos".
A Otan ainda pretende enviar em abril quatro batalhões multinacionais integrados por 600 a 1.000 militares e sob o comando da Alemanhã, Canadá, EUA e Reino Unido à Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia.
Para o governo russo, a ação é vista como uma ameaça. “Qualquer país terá uma atitude negativa diante do aumento da presença militar estrangeira junto a suas fronteiras. Além disso, é um terceiro país que aumenta a presença militar em nossas fronteiras. Não é um país europeu", destacou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
“São ações que representam uma ameaça para nossos interesses e nossa segurança", disse Peskov em declarações à imprensa russa.
Os militares norte-americanos ficarão em cinco localidades do oeste da Polônia: Zagan, Drawsko Pomorskie, Skwierzyna, Swietoszow e Boleslawiec. Junto às tropas polacas, participarão de um exercício militar no final de janeiro, no contexto da política de contenção da Rússia no Leste Europeu.