O Ministério da Defesa afegão confirmou o número de mortes hoje (13) à agência EFE e afirmou que a maioria foi causada pelos talibãs.
No entanto, testemunhas e a própria UNAMA, a missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no país asiático, relatam que a maioria das mortes foi causada por bombardeios das forças da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), chefiadas pelos EUA.
De acordo com comunicado divulgado na noite de ontem, as investigações iniciais da entidade internacional indicam que os 18 civis, a maioria de mulheres e crianças, foram mortos devido aos ataques aéreos que visavam atingir as forças talibãs.
O acontecimento está sendo investigado pela OTAN e pelo o governo afegão.
Segundo a ONU, em 2016 cerca de 11,5 mil pessoas foram vítimas de ataques violentos no Afeganistão, seja por parte de grupos terroristas ou de forças que apoiam o governo. Houve cerca de 3,5 mil mortes, que envolveram especialmente crianças.
Na província de Helmand, 891 civis morreram ou ficaram feridos em 2016, totalizando o maior número de vítimas fora da capital, Kabul.
A OTAN utilizou 12 mil tropas ao longo de 2016 no país, para apoiar o governo. A organização já anunciou que manterá o mesmo número de tropas para este ano.
Os EUA têm 8,4 mil soldados no Afeganistão, sendo mais de 6 mil integrados às tropas da OTAN e 2 mil como parte da missão antiterrorista no país asiático.