As festas anticomunistas anti-históricas na Estônia são uma provocação para as milhões de vítimas do nazismo, para todos os povos da Europa que, através de sua luta, escreveram as páginas heroicas da Vitória Antifascista. São uma provocação para os milhões de comunistas, de combatentes que contribuíram decisivamente para a derrota do nazifascismo.
Estas festas são a continuidade de eventos similares celebrados nos últimos anos sob os auspícios da União Europeia, ao ter como política e ideologia oficial o anticomunismo e com enormes orçamentos, pretende estabelecer o dia 23 de agosto como “Dia Europeu comemorativo para as vítimas dos regimes totalitários”.
Seu objetivo principal é a releitura da história dos povos, a calúnia do socialismo, a equiparação inaceitável e sem base histórica do comunismo com o fascismo/nazismo. Um objetivo básico é ocultar o fato de que o poder dos monopólios, que na Alemanha tomou a forma do nazismo, assim como o próprio capitalismo foi derrotado na URSS e nos demais países onde a classe operária tomou o poder e que, apesar das debilidades e dos graves erros que foram cometidos, avançou-se durante décadas com a construção socialista.
A campanha anticomunista da União Europeia, que vai de mãos dadas com o ataque antipopular e anti-operário, encontrou sua melhor expressão na Estônia e nos demais países bálticos. Os governos burgueses da Estônia, com o apoio da União Europeia e dos EUA, nos anos após a derrubada do socialismo nos países socialistas e a dissolução da URSS, lideraram uma luta para distorcer a verdade histórica.
O esforço de equiparar o comunismo com o fascismo demonstrou que tem como objetivo exonerar o nazismo de seus crimes. Na Estônia os assassinos da 20ª divisão estônia da “Waffen SS”, das SS estônias que lutaram no lado da Alemanha nazista se proclamam como “heróis”, desfrutando de pensões e privilégios enquanto o Partido Comunista está proibido. São proibidos os símbolos comunistas e o período quando a Estônia constituía a URSS é considerado uma “ocupação”. O dia da libertação da Estônia pelo Exército Vermelho e os partisans estônios foi estabelecido como “dia de luto” pelos anticomunistas e os descendentes dos assassinos nazistas de hoje.
Na Estônia e nos demais países, tudo o que reclama SYRIZA, a ND e os demais partidos sobre a suposta “União Europeia da paz, da democracia, da segurança, da solidariedade” está colapsando.
A negativa do governo do SYRIZA-ANEL em participar dos eventos de amanhã (23/8) na Estônia é, pelo menos, hipócrita. Não só porque oficialmente existiam representantes nos respectivos eventos do ano passado em Bratislava, mas também porque exonera a UE dos monopólios que promove o anticomunismo, a equiparação do comunismo com o nazismo. A difamação do socialismo, de toda a trajetória socialista da União Soviética por parte do SYRIZA fomenta o anticomunismo extremo vulgar da ND, do PASOK e dos demais partidos burgueses, juntamente com o Amanhecer Dourado nazista assassino, como se expressou nos últimos dias.
Cem anos depois da Revolução Socialista de Outubro, os povos da Europa podem tirar conclusões. O fortalecimento do anticomunismo demonstra que a burguesia e seus mecanismos tremem ante o povo e perspectiva de sua luta, golpeiam os comunistas porque são eles que representam a saída do sistema explorador podre e de sua crise.
A experiência do povo demonstra que a intensificação do anticomunismo e de todas as fabricações ideológicas reacionárias obsoletas é somente o precursor de novas medidas antipopulares de restrições dos direitos populares, de uma nova rodada de guerras e intervenções imperialistas às custas dos povos.
Por isso, a luta pela abolição das perseguições e das restrições anticomunistas, a luta contra o anticomunismo, pela satisfação das necessidades e dos direitos populares contemporâneos, está vinculada com a luta constante pelo poder operário, pela libertação da classe operária e das camadas populares das cadeias do capitalismo, da exploração que gera pobreza, guerras, o nazifascismo e seus partidários.
Escritório de Imprensa do CC do KKE