"Tentamos de todas as maneiras. Testamos todos os tipos de métodos. Você tenta métodos não letais e não funcionam. Só nos restam estas más opções. É ruim", disse Benjamin Netanyahu, numa entrevista à rede de TV CBS, gravada em Jerusalém. "Se o Hamas não os tivesse empurrado, não teria acontecido" o massacre desta semana durante as manifestações em Gaza, prosseguiu Benjamin.
Na ONU, Netanyahu encontrou uma vez mais o apoio dos EUA, pela voz da embaixadora Nikki Haley, que responsabilizou o Hamas por “estimular a violência” na sequência da inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém. "Nenhum país nesta câmara atuaria com mais moderação que Israel”, disse a representante de Trump na ONU.
O isolamento internacional dos EUA aumentou com a decisão de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, mas o veto norte-americano mantém paralisado o Conselho de Segurança, impedindo uma declaração pública de condenação ou a aprovação da comissão independente reclamada pelos restantes catorze membros.
Em reunião na terça-feira (15), o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, afirmou que o “ciclo de violência em Gaza precisa acabar” ou corre o risco de explodir, o que ”arrastará todos na região para mais uma confrontação mortífera”.
Para o embaixador francês na ONU, citado pelo Le Monde, o bloqueio norte-americano ao Conselho de Segurança é uma atitude “unisolacionista”, uma mistura de unilateralismo com isolacionismo.