Fontes da empresa alegaram que o Google não apagou a denominação ou qualquer outra informação sobre a região e que não houve mudança em relação à Palestina nem à região em geral.
Em sua versão atual, o Google Maps não mostra nem “Cisjordânia” nem “Palestina” sobre o território cisjordaniano, mas mantém “Israel” nos territórios israelenses. Também não há denominação genérica no caso da Faixa da Gaza, embora apareça o nome da cidade de Gaza.
A organização de jornalistas atribui a decisão do Google a um “plano israelense para firmar seu nome como Estado legítimo nas gerações futuras e abolir o nome da Palestina para sempre”. “O movimento pretende falsificar a história, a geografia e o direito dos palestinos a sua pátria”, indicou a organização, citada pelo site Middle East Monitor.
O Fórum exigiu que a empresa de tecnologia se retrate das supostas mudanças. Musa Shaer, diretora da entidade, pediu “muita pressão” para que o Google devolva o termo Palestina ao mapa. O Twitter repercutiu a polêmica com a etiqueta Palestine is here.
Os mapas do Google mostram as fronteiras nacionais com uma linha contínua e grossa e as fronteiras regionais com uma linha mais fina. No caso de Cisjordânia e Gaza, a fronteira com Israel figura como uma linha tracejada. Sobre a divisa cisjordaniana se lê, em inglês, “Linha do acordo de armistício de 1949” e sobre a de Gaza, “Linha do acordo de armistício de 1950”. O Google marca com uma linha pontilhada os limites das Colinas de Golã. No caso da fronteira entre a Cisjordânia e a Jordânia, o mapa também opta por uma linha pontilhada, com a legenda “Linha do tratado de 1990”.
A ferramenta reconhece a localização dos territórios em sua ferramenta de busca por texto. Ao teclar “Palestina”, mostra-se o mapa completo de Israel e dos territórios palestinos. Ao introduzir “Cisjordânia”, destaca em vermelho especificamente o território cisjordaniano. A ferramenta responde mostrando uma ampliação da cidade da Gaza, não de toda a Faixa, quando se pede para localizar a zona.
Em um comunicado oficial que não menciona o caso específico de Israel e Palestina, a empresa com sede na Califórnia explicou que a informação de seus mapas provém de fontes diversas. “Os dados básicos (como os nomes de lugares, fronteiras ou rodovias) são obtidos de uma combinação de fornecedores e fontes públicas. Em geral, essa informação é muito completa e se atualiza continuamente, mas a quantidade de dados com que contamos varia de um lugar para outro”, aponta o Google.