O racista e xenófobo bilionário Donald Trump venceu as eleições dos Estados Unidos. Em uma campanha marcada pela promessa de deportação de imigrantes, ofensas aos mexicanos, muçulmanos e as mulheres, o candidato causou um terremoto em todo establishment político americano. As manchetes de toda grande mídia americana dão conta do terremoto ocorrido ontem.
Trump conseguiu ganhar bastiões democratas com seu apelo xenófobo e ofensa aos políticos tradicionais. Sua vitória em Ohio, Wisconsin e Pensilvânia, estados da região conhecida como "Rust Belt", que sofre desindustrialização e maior desemprego, mostra como seu discurso conseguiu apoio de parcela dos trabalhadores brancos nos EUA.
Ao contrário de todas pesquisas divulgadas, Trump venceu em diversos estados decisivos como Ohio, Carolina do Norte e Flórida.
Acompanhando o fenômeno de Trump os republicanos conquistaram a maioria tanto no Senado como na Câmara. A maioria, do mesmo partido do presidente vitorioso que esteve se enfrentando com todo o establishment de seu partido, não é uma garantia de lua de mel. Também neste terreno não faltam fissuras em meio ao terremoto.
Todas pesquisas indicavam que Hillary conseguiria atrair a maioria dos votos dos latinos e negros. Como "mal menor", sem empolgar atraia mais votos contra Trump do que a seu favor. A força do questionamento do emergente movimento negro se chocará com o novo presidente em uma das muitas fissuras abertas e aprofundadas por essa eleição.
Pesquisas indicam que os eleitores "odeiam" o partido contrário do que votaram, mostrando a polarização e difícil unidade a qual, pela primeira vez, Trump apelou em seu discurso de vitória.
A vitória de Trump também causa tremores nos mercados mundiais, as bolsas despencam em todo o mundo. Sua vitória acrescenta incertezas políticas, sociais e econômicas na já instável geopolítica mundial. Relações internacionais serão repensadas à luz dos resultados e de suas promessas de um agressivo protecionismo contra os acordos de livre comércio.
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