Um sexto da população norte-americana foi chamada a votar estar terça-feira em vários referendos sobre a legalização da canábis. Com cerca de 90% dos círculos contabilizados em cada estado, a legalização para uso recreativo venceu na Califórnia (55.9%), Massachusetts (53.6%), Nevada (54.5%). A vantagem mais apertada é no Maine (50.4%). Apenas no Arizona a proposta foi derrotada (47.9%).
A partir de agora, 20% da população dos Estados Unidos está abrangida pela legalização para fins recreativos, com os estados que votaram em referendo a juntarem-se aos do Alaska, Colorado, Oregon e Washington, para além da capital Washington D.C.
No que diz respeito à legalização da canábis para fins terapêuticos, em que o acesso dependerá de autorização médica, os estados que aprovaram a medida são a Florida (71.2%), Arkansas (53.2%) e Dakota do Norte (63.7%). Também o Montana foi a votos para alargar o acesso ao programa já existente de canábis para fins terapêuticos, uma proposta que venceu com 56% dos votos. A canábis para fins terapêuticos já estava legalizada em 25 estados norte-americanos.
“Para os que diziam que a reforma da lei da canábis era um fenómeno da costa Oeste, os votos de hoje contam uma história diferente”, afirmou Paul Armentano da ONG NORML. “A maioria dos norte-americanos por todo o país reconhecem que a proibição da canábis é um fardo financeiro sobre os contribuintes, prejudica as liberdades civis, suscita o desrespeito pela lei e tem um impacto desproporcional sobre os jovens e as minorias étnicas. É por isso que os eleitores rejeitam os fracassos da criminalização e voltam-se para este tipo de alternativas de regulação”, acrescentou.