Cerca de 3 mil pessoas iniciaram a passeata desde a Universidade Técnica de Atenas. No centro da capital grega, a polícia disparou gás lacrimogêneo para cima da multidão, no que alguns manifestantes responderam com coquetéis molotov.
#Greece: Riot police repressed massive protest tonight against visit of Obama in #Athens. #15NGr #obama_athens pic.twitter.com/L8TtrRSzqz
— ѕyndιcalιѕт (@syndicalisms) 16 de novembro de 2016
Ao retornarem ao local de início da marcha, manifestantes continuaram enfrentando a polícia e incendiaram lixeiras.
“Yankees, voltem pra casa” e “não precisamos de protetores” foram algumas das palavras de ordem da marcha.
#Athens: Police attack banned protests of over 3,000 leftists with tear gas and stun grenades. via @dromografos pic.twitter.com/uNKSlb3DWI
— ѕyndιcalιѕт (@syndicalisms) 15 de novembro de 2016
Em outro local de Atenas, uma manifestação convocada pelo KKE (Partido Comunista Grego) reuniu cerca de 5 mil pessoas e não houve registro de incidentes.
O KKE também organizou manifestações em outras cidades do país, como em Tessalônica. Reunidas as frentes de sindicalistas, pacifistas e internacionalistas, estudantes e feministas, reclamaram contra a guerra imperialista e o envolvimento da Grécia, além do “autoritarismo do governo” da coalizão Syriza-ANEL, que proibiu todas as manifestações no centro de Atenas durante a visita de dois dias de Obama.
#Greece: At least 3,000 anarchists, leftists and students protest visit to #Athens by Obama. via @dromografos pic.twitter.com/gyFKG5KmZQ
— ѕyndιcalιѕт (@syndicalisms) 15 de novembro de 2016
O secretário-geral do KKE, Dimitris Koutsoumpas, denunciou as ações do governo dos EUA e do FMI (Fundo Monetário Internacional) que “sangram” o povo grego e que impõem golpes de Estado em todo o mundo e afirmou que o movimento popular grego foi às ruas porque “não entregamos nem terra nem mar aos assassinos dos povos”.
Por sua vez, Elpida Pantelaki, secretária-geral do EEDYE (Comitê pela Distensão Internacional e pela Paz), afirmou que os verdadeiros objetivos da visita do presidente estadunidense à Grécia são principalmente promover os interesses dos EUA e da OTAN na região, com maior participação grega e a expansão das atividades da Aliança Atlântica na Grécia para garantir o controle de recursos e regiões estratégicas. Ela também exigiu o fechamento de bases da OTAN e dos EUA na Grécia e o retorno das forças militares gregas das missões da OTAN e da União Europeia.
A pesar de la prohibición, miles de personas en la calle contra Obama pic.twitter.com/RP3G4Lljgw
— Hibai Arbide Aza (@Hibai_) 15 de novembro de 2016
Nesta quinta-feira (17), novos protestos anti-imperialistas tomarão lugar em Atenas e outras cidades do país.
Ainda imersa em uma gigantesca crise econômica, que não cessou com a chegada do Syriza ao poder, a Grécia é refém de uma política de “austeridade” imposta pela Troika (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) que é combatida e denunciada pelo povo grego por gerar ataques aos seus direitos e a seu nível de vida.