Diante da impossibilidade de conseguir apoio, inclusive entre as fileiras da maioria, o governo decidiu utilizar um dos muitos recursos bonapartistas do regime da Quinta República, sem passar pelos marcos normais da “democracia” burguesa para impor sua lei. Se o risco de queda do governo, pela adesão dos votos rebeldes do PS e da esquerda à moção de censura proposta pela direita é pouco provável, a medida acentua uma crise já latente no seio da maioria do PS.