"Faz sentido o Estado gastar dinheiro numa programação que pouco traz de relevante ao país? A RTP e seus derivados fazem mesmo serviço público? A resposta é simples: a Rádio Televisão Portuguesa não faz falta nenhuma. Não se perderia nada de substantivo se o canal público desaparecesse de vez" escreveu André Macedo na altura.
Sobre os canais de televisão públicos, acrescentava ainda que "no fundo, no meio de muito telelixo, fazem alguns documentários de qualidade e patrocinam uns poucos telefilmes de autor que, no limite, só servem um objectivo final: justificar, com o inevitável banho de pseudo-cultura televisiva, o 'statu quo' de uma classe de devoristas. Ou seja, só servem para disfarçar a indigência generalizada da sua programação".
A CT ridiculariza a contratação para a direção da RTP de alguém que há nove anos defendia a seu extinção. "A CT congratula-se que se mantenha neste, como noutros casos, o efeito transformador que a mudança de circunstâncias profissionais de natureza pessoal parece ter na opinião de alguns comentadores acerca da qualidade, importância e necessidade do serviço público de rádio e televisão que a RTP presta".