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Terça, 03 Mai 2016 20:57

Turismo e precariedade laboral: O Porto está na moda?

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País: Portugal / Laboral/Economia

Todos acompanhámos, atentos, os prémios que a cidade do Porto foi acumulando na área do turismo nos últimos anos.

Da ribeira até à foz, do Palácio de Cristal a Serralves, passando pela movida e pela cultura vibrante, de tudo isto se faz o sucesso do Porto. Só em 2016, trinta novos hotéis abrirão portas para os milhares de turistas que encontram no Porto um destino de sonho. O Porto está na moda. Mas, afinal, quem faz mexer a cidade?

Os Precários Inflexíveis foram à baixa do Porto perguntar aos turistas o que sabem das condições de quem trabalha no turismo. No vídeo, que se tornou viral nas redes sociais, ouvimos a resposta sobre quanto seria o nosso salário médio de um trabalhador do turismo: “800 euros” diz uma turista, “1200″ arrisca outra, “1500″ afirma uma terceira, para logo se pasmarem com a resposta real. Os trabalhadores do turismo, definitivamente, não estão na moda. No Porto, como no resto do país, o turismo tem criado empregos, alavancando um crescimento económico e uma troca cultural intensa, mas nem só de vantagens se faz esta história.

O forte apoio em fundos públicos ao turismo e a aposta na mobilidade não pode fazer esquecer o lado obscuro desta economia. A esmagadora maioria dos trabalhadores do turismo trabalha de mais (ultrapassando as 50 horas semanais) e trabalha de menos ao longo do ano (refém das temporadas turísticas). Nesses tempo de desemprego, muitos não podem contar com qualquer apoio social, pois num país em que, segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho, 27% dos empregos não são declarados, é precisamente no sector do turismo em que a informalidade do trabalho mais se faz sentir. A diminuição dos contratos coletivos de trabalho, a falências fraudulentas e a multiplicação das empresas de trabalho temporário só agravam a situação.

Temos de falar sobre o turismo no Porto. Começar pelo que é óbvio, estudar uma realidade que cresce a olhos vistos e atacar a precariedade laboral nas suas formas mais nefastas: os falsos recibos verdes, o trabalho não declarado e as empresas de trabalho temporário. Governo e Câmara Municipal estão convocados para esse debate.

O Porto está na moda mas os trabalhadores do turismo não podem esperar mais.

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