Tal protesto civil é uma reação às ações do presidente dos EUA, Donald Trump, que se tornou conhecido pela sua retórica antimexicana que se iniciou na campanha eleitoral. Logo após assumir a presidência, ele mandou iniciar a construção de um muro na fronteira entre EUA e México.
Trump exige que as autoridades do país vizinho paguem pelas obras, mas o seu homólogo mexicano se opõe ferozmente a tais reclamações, o que levou ao cancelamento do encontro entre os dois líderes, Donald Trump e Enrique Peña Nieto, por iniciativa mexicana.
A campanha deu início com o lançamento do hashtag #AdiosStarbucks (Tchau, Starbucks - uma das maiores redes de cafeterias norte-americanas que tem cerca de 20 mil lojas por todo o mundo), e vem se desenvolvendo com mais grandes empresas norte-americanas, tais como Walmart, McDonalds, Ford, KFC, Costco e Home Deport.
Os organizadores do projeto exortam que os mexicanos passem a consumir produtos de produção nacional. Entretanto, os usuários céticos das redes sociais assinalam, e de maneira bem justa, que a maior parte das marcas mencionadas tem uma ligação bastante mediatizada com os EUA, já que de fato está funcionando no território mexicano através das empresas mexicanas e usando os ingredientes e instrumentos mexicanos. Por exemplo, na produção dos burgers da McDonalds é usada carne de origem mexicana.
Além disso, muitas vezes os cidadãos mexicanos encontram dificuldade de saber a origem de muitos produtos tradicionais que eles acreditam ser mexicanos a priori, embora estes sejam produzidos nos EUA.
Levemos como exemplo uma das bebidas não alcoólicas mais populares no México, chamada Clamato. O suco de tomate Clamato é vendido por toda a parte, mas na realidade é produzido no estado norte-americano do Texas.
Vimos lhes vender o café produzido por vocês a um preço 8 vezes mais caro e você se sente muito "nice" (legal, em inglês) quando o compra!