"Estamos tomando posição de vanguarda ao denunciar, ao revelar, ao enfrentar nacional, regional e mundialmente todas estas correntes e ao gerar bem cedo (...) as respostas globais que os movimentos sociais, os movimentos revolucionários devemos gerar", disse durante su participação no encontro com intelectuais e pensadores realizado em Caracas.
Maduro afirmou que desde o final da II Guerra Mundial os movimentos democráticos e revolucionários não tinham enfrentado o ressurgimento do pensamento extremista de direita, situação que ameaça a humanidade.
A Venezuela, como país que preside o movimento dos Países Não Alinhados, faz um chamado aos povos do mundo a configurar e impulsionar um grande diálogo para combater o renascimento do fascismo.
"Fazemos um chamado a impulsionar um grande diálogo de civilização pela paz, um grande diálogo de culturas, um gran diálogo de religiões, um grande diálogo pela humanidade, pela diversidade da humanidade com elementos chaves para deter, neutralizar e acabar todas as tendências xenófobas e extremistas que a direita gera na Europa e nos EUA fundamentalmente", disse.
O presidente venezuelano recordou que a América Latina e o Caribe configuram um centro mundial de respostas diante do neofascismo promovido pelas oligarquias mundiais.
"Um poderoso movimento social e político percorre a América Latina e o Caribe e, apenas começamos este século, conseguiu comover e transformar a estrutura política, social e econômica de nossos países", afirmou.
Pensamento revolucionário diante de novas adversidades
Durante o encontro com intelectuais, o chefe de Estado destacou que o pensamento bolivariano e revolucionário é pilar fundamental para enfrentar as novas adversidades que aparecem no continente.
"Hoje temos uma sólida base para propor uma nova etapa de expansão de crescimento do pensamento revolucionário, das ideias revolucionárias das novas forças e liderança que devem ressurgir no continente", afirmou Maduro, destacando o caráter revolucionário dos povos da região.
"É impossível que o nosso continente permaneça passivo, permaneça calado e o povo se retire da política diante de fenômenos que querem saquear o patrimônio familiar, comunitário, social e nacional de nossos países, é impossível, não vai acontecer", disse Maduro, lamentando a posição de alguns governos europeus que apoiam as políticas imperiais.
Chávez, líder da transformação
O presidente Maduro destacou a liderança do Comandante Hugo Chávez para a transformação política e social no continente, a favor dos povos da América Latina e o Caribe.
Maduro destacou que a vitória de Chávez e a derrota do golpe de Estado em 2002 abriu as portas no continente para a chegada de novos governos progressistas, que reafirmaram o compromisso pelo povo.
"Sem dúvida, Hugo Chávez, em todo este período histórico foi o líder, o motor, a alma inspiradora e articuladora de todas as forças que brotaram e nasceram durante as primeiras décadas deste século", afirmou.
É por esta razão, alertou, que nos últimos quatro anos, o imperialismo norte-americano colocou a Venezuela no centro de seus ataques.
"Nestes quatro anos é o centro do ataque e objetivo central (do império) é, tem sido e vai ser, a Venezuela revolucionária e bolivariana fundada pelo Comandante Chávez. Estamos conscientes disso", asseverou.
Durante o encontro, mais de 350 intelectuais nacionais e internacionais, que participaram durante quatro dias em diferentes encontros, exortaram a dinamizar os meios de comunicação alternativos para combater os efeitos da guerra psicológica.
Também repudiaram a campanha midiática contra a Venezuela que visa satanizar e desacreditar as autoridades venezuelanas, para acabar com o processo revolucionário.
A Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade decidiu realizar uma assembleia no próximo 7 de novembro em Caracas, nos 100 anos da Revolução Russa, para desenhar estratégias anti-imperialistas.