O chefe de Estado apresentou ao país, em uma transmissão de "Venezolana de Televisión", trechos de gravações sobre os atos violentos em Caracas durante a Semana Santa.
Um dos vídeos mostra um jovem capturado –que liderava atos terroristas no município de Chacao de Caracas– confessando para as autoridades que foi contratado por dirigentes do partido de direita Primeiro Justiça (PJ), "para que fosse marchar e depois gerar violência e atos vandálicos na cidade".
O presidente Maduro explicou que este jovem, que recebeu 300 mil bolívares dos dirigentes do partido PJ, foi contratado para comandar o assédio à sede administrativa do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Chacao, no sábado 8 de abril.
"Eu tenho parte de sua confissão, fui autorizado pelas instâncias do Poder Cidadão e do Poder Judiciário, para apresentar uma parte deste vídeo. Esta pessoa (que confessa no vídeo) foi quem conduziu o ataque irresponsável para queimar a sede do escritório executivo da Magistratura, onde havia venezuelanos trabalhando", afirmou.
Em outro vídeo apresentado pelo presidente, outro jovem confessa ter recebido financiamento e linhas de ação do deputado de PJ, Tomás Guanipa.
Na gravação, o jovem diz que está na folha de pagamento da Prefeitura Metropolitana –administrada pela direita– e cobra um salário sem trabalhar, em troca de sua disposição a liderar grupos violentos sob comando dos dirigentes da oposição.
Segundo ele, durante as concentrações convocadas pela oposição na semana passada, "as instruções (dos dirigentes de PJ) eram incendiar Caracas".
O chefe de Estado disse que as autoridades competentes investigam os casos de violência e vandalismo para encontrar os autores intelectuais. As ações vandálicas provocaram perdas estimadas em 50 bilhões de bolívares para o Estado venezuelano.
"Estão os testemunhos, as provas e estamos atrás da captura dos responsáveis diretos de promover estes destroços em todo o país. São várias linhas de investigação. Quero felicitar os funcionários do CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas), do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), o ministro do Interior, Justiça e Paz, o Ministério Público, o Poder Judiciário, por este trabalho minucioso apegado a nossas leis", disse.