Os últimos protestos de rua da coalizão de partidos de direita, que se caracterizam por mudar o rumo de suas mobilizações, promoveram atos vandálicos que deixaram perdas materiais e destroços por mais de 50 bilhões de bolívares, além do assassinato de venezuelanos como Brayan Principal, que levou dois tiros na semana passada em frente do conjunto habitacional Ciudad Socialista Alí Primera.
O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), Diosdado Cabello, afirmou nesta segunda-feira que porta-vozes da MUD pretendem atribuir a existência de focos de violência aos organismos de segurança do Estado, através de montagens, que são amplamente promovidas no exterior.
Este plano também foi denunciado pelo jornalista e analista político venezuelano José Vicente Rangel, que alertou sobre a intenção da direita, que mostrou não ter mais o mesmo poder de mobilização, de "garantir a cobertura midiática de qualquer incidente violento que ocorrer" e não mostrar a real situação nas ruas.
A mobilização desta quarta também está marcada por episódios anteriores de frustração como em 1º de setembro, quando a MUD convocou uma grande concentração para "tomar" as ruas de Caracas com a expectativa de ir até o Palácio de Miraflores. Como isso não aconteceu, os simpatizantes da organização política destilaram sua raiva pelas redes sociais.