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Diário Liberdade
Quarta, 19 Abril 2017 05:15 Última modificação em Sexta, 21 Abril 2017 21:52

Chavistas e oposicionistas marcham em Caracas nesta quarta-feira

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País: Venezuela / Reportagens / Fonte: Diário Liberdade

Neste quarta-feira (19), governo e oposição medem forças nas ruas de Caracas e de outras partes da Venezuela, no dia em que são comemorados os 207 anos da proclamação de independência do país, que ocorreu em 19 de abril de 1810.

Sob o lema da defesa da Revolução Bolivariana e da soberania da Venezuela, movimentos sociais e populares marcharam pelas ruas de Caracas em apoio ao governo de Nicolás Maduro. A concentração final, que ainda acontece, é na Avenida Bolívar, onde um comício ocorre.

Trabalhadores, jovens, idosos e organizações de mulheres compareceram às dezenas ou centenas de milhares por toda a capital para respaldar o governo.

"Hoje, graças ao meu comandante Chávez, tenho uma casa, eu saí do meu barraco que estava caindo aos pedaços e por isso defenderei sempre este processo", disse a manifestante María Trejo, habitante da região, à agência AVN.

Durante o comício com representantes do governo e de políticos da situação, cartezes, faixas e bandeiras foram desfraldados pela multidão que lotou o espaço da Avenida Libertador.

Ricardo Molina, ministro dos Transportes e Obras Públicas, disse ao canal VTV que, com essa manifestação, "dizemos ao império: não vamos nos render, nem entregar o que tanto sangue e esforço custou ao povo venezuelano, somos gente de paz, e sabemos defender nosso povo e Constituição".

Para a deputada Tanía Díaz, do Bloco da Pátria, esta mobilização popular em apoio ao governo é a "demonstração de todas as mentiras e falsidades" dos meios de comunicação internacionais, que só noticiam os protestos opositores.

Além da gigantesca manifestação, nas redes sociais empregou-se hoje a etiqueta #YoSíMarchoPorLaPaz para informar e expressar apoio da maior parte da população ao governo e repúdio aos atos violentos da oposição e intromissões de governos estrangeiros.

Por outro lado, a oposição organizou outra marcha em Caracas, em direção ao centro da cidade, no município Libertador.

Participaram da mobilização, que também ocorreu em outras localidades do país (assim como o protesto pró-governo) políticos da coalização opositora, incluindo o governador do estado de Miranda, Enrique Capriles, e Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular.

Os opositores pediram, mais uma vez, eleições antecipadas, o que vai contra a Constituição, e voltaram a chamar de "golpe" a atitude da Justiça de assumir algumas tarefas da Assembleia Nacional, que há mais de um ano trabalha violando as normas eleitorais, uma vez que três de seus deputados (todos opositores) foram impugnados devido a fraudes eleitorais.

Também exigiram a libertação de Leopoldo López, preso por orquestrar as "guarimbas" em 2014 - manifestações violentas que incendiaram e depredaram dezenas de prédios públicos e assassinaram 43 pessoas ao fazerem uso de armas de fogo e armadilhas fatais.

Veículos opositores, como "El Universal", noticiam somente a manifestação opositora nesta quarta-feira. Em sua cobertura, afirmam que as forças de segurança "reprimem" os manifestantes da oposição. Entretanto, em nenhuma matéria mostram fotos ou vídeos que comprovem tais informações. Além disso, acusam simpatizantes do Chavismo de serem os responsáveis pelo assassinato de um jovem no centro de Caracas, sem qualquer evidência ainda.

Nos últimos dias, autoridades do governo e militantes dos movimentos sociais têm alertado que a oposição está implementando uma estratégia de gerar violência em suas próprias marchas para culpar o governo e as forças de segurança, levando um escândalo fabricado para as manchetes da mídia internacional, a fim de aumentar as pressões estrangeiras e forçar uma intervenção dos EUA na Venezuela.

Ainda esta semana, manifestantes simpáticos ao governo relataram terem sido alvo da oposição, que, tem financiado grupos de vândalos para causar confusão e destruição em Caracas. Nas últimas semanas, prédios públicos e instalações de transporte público foram incendiadas.

Hoje também houve ataques de manifestantes da oposição a efetivos da Polícia Nacional Bolivariana, que, como de costume, estavam desarmados.

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Coincidentemente com a desestabilização interna, a Venezuela enfrenta pressões intervencionistas externas. A OEA (Organização dos Estados Americanos), através de seu secretário-geral, Luis Almagro, vem ameaçando e tentando tirar o país da entidade enquanto o presidente Maduro não saia do cargo, o que é uma violação da soberania nacional do país caribenho, uma vez que atenta contra sua constituição e contra as normas da própria OEA.

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Governos de direita da América do Sul, como Brasil, Argentina, Paraguai e Colômbia, também têm se manifestado na direção de impedir o normal funcionamento das relações exteriores e da democracia venezuelana, se intrometendo nos assuntos internos desse país.

Para combater a ingerência externa, movimentos de solidariedade por todo o mundo aproveitaram o dia de hoje para realizar atos internacionais em apoio à Revolução Bolivariana. Desde a Europa, África, Ásia e América Latina, a etiqueta #JornadaMundialSolidaridadconlaRevolucionBolivariana foi utilizada para expressar a defesa do governo de Maduro e do povo chavista. Algumas organizações foram pessoalmente às embaixadas da Venezuela em seus respectivos países, outros enviaram comunicados de solidariedade.

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