A neonatólogia do hospital, Yorky Guerrero, disse ao canal VTV que entre às 20h30 e 21h começou um panelaço. Depois grupos violentos começaram a queimar lixo, lançaram pedras e garrafas contra o hospital e tentaram entrar no local pela entrada da emergência.
Diante do assédio, "foi necessário levar ao piso 3 os pacientes que estavam ali, incluindo crianças com dificuldades respiratórias e que estavam em observação, no momento que estava o caos havia uma paciente em trabalho de parto que também foi transladada a outras áreas".
A médica explicou que foi uma situação difìcil. "Tememos por nossas vidas no momento em que os grupos violentos começaram a arremeter contra o hospital, gritavam palavras de ordem e o que transmitiam era ódio", contou.
O ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, divulgou um vídeo que mostra quando crianças e récem-nascidos foram evacuados em ambulâncias.
A ministra das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez informou que, por ordens do presidente Nicolás Maduro, o hospital foi evacuado para proteger as crianças, mães e os trabalhadores.
"Presidente Nicolás Maduro deu instruções de evacuar o hospital para proteger as crianças e os recém-nascidos. Derrotaremos o golpe de Estado", afirmou a ministra no twitter.
Delcy Rodríguez condenou que estas ações sejam apoiadas pelos governos de direita, que promovem uma campanha de descrédito para criar um cenário propício a uma intervenção estrangeira.
"O pequeno grupo de governos que tem manifestado seu apoio público à oposição venezuelana alentou esta violência vandálica e extrema", rechaçou Rodríguez.
Nas últimas semanas, a direita venezuelana convocou ações nas ruas que terminaram em focos violentos, assassinatos e danos à instalações públicas, como centros de saúde, o Metrô e o sistema elétrico.