Para construir a notícia mostrando um falso cenário de caos e violência estatal no país, a mídia privada tem manipulado com especial ênfase a informação sobre o assassinato de dois venezuelanos neste 19 de abril.
Carlos Moreno, que recebeu um tiro em San Bernadino, Caracas e Paola Ramírez, falecida no estado do Táchira, foram vítimas da violência em circunstâncias similares; quando estavam perto de alguma concentração convocada pela Mesa da Unidade (MUD) neste dia, sem participar delas.
Embora as investigações confirmam que Ramírez, ferida por um militante do partido de extrema-direita "Vente Venezuela", e Moreno, baleado supostamente durante uma ação delitiva, foram assassinados sem formar parte das mobilizações, a mídia insiste em manipular estes casos e apresentá-los como manifestantes caídos pela suposta repressão das forças de segurança.
O jornal La Nación da Argentina, por exemplo, abriu sua edição desta quinta-feira com a foto da concentração opositora quando era dissolvida pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB), sem esclarecer o motivo da ação: os dirigentes queriam desviar a multidão para o centro de Caracas, onde acontecia outra grande manifestação da militância revolucionária.
O jornal argentino assegura que, devido à "repressão" dois venezuelanos foram assassinados, quando os casos ocorreram em lugares diferentes e sob circunstâncias totalmente diferentes das apresentadas.
Em meio a um plano de golpe de Estado, os meios de comunicação cumprem seu papel de reproduzir a campanha midiática que justifique uma invasão estrangeira para a opinião pública internacional, e ponha fim de forma inconstitucional ao governo de Nicolás Maduro, eleito pela maioria dos votos em eleições presidenciais.