Nesta segunda-feira, enquanto a Comissão Presidencial para a Constituinte e 18 partidos políticos de oposição se reuniam para apresentar divergências e inquietações sobre o mecanismo convocado pelo presidente da República, Nicolás Maduro, a MUD convocou uma mobilização que mais uma vez foi desviada por seus principais dirigentes para o centro de Caracas, onde não tem a permissão das autoridades.
O governador de Miranda, Henrique Capriles, o deputado Juan Requesens, e alguns porta-vozes do partido de extrema-direita Vontade Popular estiveram na rodovia Francisco Fajardo de Caracas, dando instruções aos grupos de encapuzados que depois começaram a enfrentar, com pedras, garrafas e objetos sólidos, as forças de segurança que protegiam a passagem ao município Libertador.
Esta dinâmica se repete na maioria das concentrações convocadas pela MUD: os grupos violentos da direita se enfrentam com os organismos de segurança do Estado, e as imagens são usadas por meios de comunicação privados para sustentar a narrativa internacional que assegura que o governo venezuelano reprime e impede as "manifestações pacíficas" no país.
Enquanto isso, no Palácio de Miraflores acontecia o debate entre dirigentes de partidos de oposição e os integrantes da Comissão Presidencial designada pelo presidente Maduro, para sentar as bases da Assembleia Nacional Constituinte, convocada para encontrar uma saída democrática à atual crise política que vive o país.