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Diário Liberdade
Terça, 23 Mai 2017 16:44

Extrema-direita visava paralisação armada na Venezuela nesta segunda

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País: Venezuela / Antifascismo e anti-racismo / Fonte: AVN

O vice-presidente da República Bolivariana da Venezuela, Tareck El Aissami, denunciou nesta segunda-feira que setores extremistas da direita pretendiam forçar uma paralisação armada no país, o que causou focos fascistas em diversos pontos do território ante o rechaço da população, que aposta pela paz.

Ele denunciou que estas ações são impulsionadas pela cúpula opositora venezuelana, autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD), cujos porta-vozes executam desde abril um plano golpista, caracterizado pela violência, o vandalismo, o terrorismo e o fascismo, que deixou um saldo de mais de 50 pessoas falecidas e mais de 900 feridos, além de danos ao patrimônio público e privado.

"A cúpula opositora venezuelana, denominada MUD, eles são os responsáveis direitos dos distintos atos de violência terroristas realizados durante estas últimas semanas", denunciou El Aissami e lamentou que a Venezuela não tenha uma oposição responsável.

"Não temos uma oposição. Temos forças contrarrevolucionárias. Estamos enfrentando uma oposição terrorista, contrarrevolucionária, de corte fascista", repudiou.

Paralisação armada

O vice-presidente explicou que os extremistas tentaram gerar terror e "forçar uma paralisação armada", como resposta à disposição da população venezuelana de apostar pela paz e o desenvolvimento do país.

Um destes atos terroristas aconteceu na sede da empresa de transporte público TransBolívar na madrugada desta segunda, quando foram incendiados 53 ônibus que prestavam serviço a 30 mil pessoas. O governo estadual estima que as perdas chegam aos US$11 milhões.

"É possível chamar isto de um 'protesto pacífico'?, É possível chamar isto 'direito a manifestar'?. Temos que chamá-lo pelo que é, uma ação terrorista, delitiva, criminosa destes setores da MUD", denunciou. Duas pessoas foram detidas e estão à disposição da justiça.

O estado de Miranda foi também alvo do plano golpista. Dois ônibus e uma ambulância da Petróleos de Venezuela (PDVSA) em La Tahona, foram incendiados. Cinco suspeitos foram detidos.

Ainda em Miranda dois Centros de Diagnóstico Integral (CDI) sofreram assédio de grupos vandálicos por mais de três horas. Houve uma tentativa de incendiar um dos centros de saúde.

16 capturados nos Altos Mirandinos

El Aissami informou que organismos de segurança conseguiram prender 16 pessoas que faziam parte de grupos terroristas financiados por alguns setores da direita para gerar atos violentos e acossar várias comunidades dos Altos Mirandinos.

Uma operação policial na região apreendeu mais de três caminhões com coquetéis molotov.

"Há 16 detidos e muitos deles estão confessando e com certeza a partir das confissões e declarações que estão fazendo, vamos chegar aos níveis mais altos dos responsáveis e capturar aqueles que dirigiram estas ações de caráter terrorista", disse.

Durante a operação de apreensão em uma fábrica, foram encontrados os escudos elaborados para confrontar as forças de segurança, além de um revólver que será submetido à perícia. 

Insumos por 250 mil dólares

O vice-presidente afirmou que material usado pelos grupos violentos, avaliado em US$250 mil, foi apreendido neste sábado, 21, em uma casa em Caracas.

"Após uma árdua investigação policial conseguirmos encontrar uma base ou ponto de apoio logístico a todas as atividades de violência que acontecem aqui em Caracas e Miranda". Três pessoas foram presas.

Entre o material confiscado há máscaras, foguetes, capacetes, químicos para gerar incêndios. "Os três formam parte da estrutura logística ou que dá apoio logístico aos guarimberos, aos terroristas, aos criminosos", explicou El Aissami.

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