"Durante as últimas 48 horas conseguimos desarticular novas células terroristas armadas que vêm desatando focos de violência, que tentam cercear os direitos à vida, à paz, ao livre trânsito e ao desenvolvimento cotidiano da sociedade", afirmou Reverol.
Os militantes do partido de extrema-direita Vontade Popular, Víctor Lizandro e Marelys Hernández, que organizavam atos vandálicos no estado de Miranda foram detidos. Também foi capturado David Escalante e María Andreína Montilla, do mesmo partido, que financiavam grupos violentos em Caracas.
Reverol informou que foram capturados ainda Héctor González Machado, militante do partido Um Novo Tempo, e Ergio Paz e Daniel Albornoz, do partido Primeiro Justiça, que organizavam os grupos violentos no estado de Zulia, com ações de distúrbios e saqueios.
"Em todos estes atos foi apreendido grande quantidade de material explosivo não convencional, coquetéis molotov, utilizados para as ações terroristas, além de outros elementos de interesse criminalístico. Não há dúvida que a extrema-direita venezuelana persiste em seu afã de golpe de Estado, orquestrado por grupos armados paramilitarizados, associados a grupos delinquentes, completamente à margem da Constituição, ao extremo de assediar instalações militares, com o risco implícito de provocar mortes", afirmou.
No último mês, setores da oposição fazem moblizações, que terminam sempre com a atuação dos grupos violentos em diferentes estados do país, o que deixou um saldo de 55 falecidos e mil feridos, além de danos ao patrimônio público e privado, com perdas milionárias.
A participação de manifestantes pacíficos da oposição ocorre antes da ação violenta destes grupos —de reduzido tamanho em proporção à manifestação convocada—, que geram longos enfrentamentos ao final de cada marcha e cujas imagens são utilizadas na campanha midiática e nas redes sociais contra o governo bolivariano, sobre uma suposta "repressão" à oposição.
Estes agentes violentos chegam organizados para as mobilizações, utilizando táticas bélicas, o que demonstra treinamento e financiamento, assim como o aumento no número de integrantes.
O ministro Reverol reiterou seu chamado ao diálogo e à paz com o objetivo de garantir a estabilidade da República, através da iniciativa da Assembleia Nacional Constituinte, convocada no dia 1º de maio, cuja propostas para a eleição dos deputados constituintes foram entregues nesta terça-feira ao Poder Eleitoral.
"Reiteramos o chamado que fez o presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, ao fortalecimento da democracia participativa e protagônica, através da convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que é como dizer ao processo de paz que merece nosso povo, que será realizado em julho deste ano e as eleições regionais em dezembro deste ano", destacou.