Na jornada inaugural do foro de uma semana, o mandatário instou a somar uma quarta ameaça às três identificadas pela ONU face à reunião: a contaminação, a excessiva exploração e a alteração ou destruição de habitat marinhos.
Respaldamos essa visão, mas resulta insuficiente, devemos incluir o perigo da mercantilização da biodiversidade, da natureza e do acesso aos mares e oceanos, advertiu.
De acordo com Morales urge, ademais, reconhecer que o capitalismo com seu modelo de produção e consumo constitui a principal ameaça para a humanidade e a mãe terra.
Os mares são de e para os povos, uma visão que supera a postura capitalista e mercantilista, destacou na conferência que reúne mais de cinco mil delegados.
O líder boliviano fez questão da importância de atacar as causas estruturais dos problemas que enfrentam os oceanos, o que em seu julgamento passa por construir um novo paradigma de vida, produção, consumo e relação entre os seres humanos.
Em seu discurso, Morales defendeu a obrigação de preservar o planeta para as atuais e futuras gerações, sob o apego ao princípio de que os recursos naturais, como os mares e os oceanos, são patrimônio comum.