Durante a palestra "Violência ou Constituinte?", realizada pelo diretor da empresa, Oscar Schemel, candidato à constituinte, disse que a oposição utiliza o descontentamento popular com as falhas do governo, o desabastecimento e a inflação, em grande medida induzidas pela mesma oposição através da guerra não convencional, que se traduz em ganho político.
"A oposição se alimenta e se beneficia do descontentamento, as pessoas não votam pela oposição, votam contra o desempenho econômico, votam contra uma gestão que avalia negativamente, e utiliza a oposição para castigar ou para pressionar por soluções. Na última pesquisa de junho, 56% dos venezuelanos, apesar do descontentamento que existe, prefeririam que o presidente Maduro resolvesse os problemas, antes que um governo da oposição", afirmou.
Schemel disse que o resultado eleitoral que favoreceu a direita nas eleições de 2015, esteve relacionado a este voto da população que exige a solução das dificuldades e em grande medida visava pressionar nessa direção.
Segundo uma pesquisa de janeiro de 2016, quando a oposição assumiu o controle do Parlamento, "mais de 60% considerou que a prioridade da nova Assembleia Nacional deveria ser contribuir com a resolução dos problemas econômicos do país, e somente 18% respondeu que a prioridade era tirar Nicolás Maduro da presidência. Foi um voto à espera de soluções".
Mas a direita parlamentar se dedicou desde o primeiro dia –como disse Henry Ramos Allup em seu discurso de posse na presidência do Parlamento– a buscar uma forma de derrubar o legítimo governo bolivariano; aprofundar a crise econômica com tentativas de limitar a capacidade de manobra do presidente Maduro para superar a situação, e promover uma campanha internacional para bloquear financeiramente a nação.