As obras compõem o acervo de 40 quadros da Galeria dos Patriotas Latino-Americanos, inaugurada em 2010 pela então presidente Cristina Kirhcner. Todos os retratos serão transferidos de local.
Ainda neste mês, governo Macri irá retirar da Casa Rosada as 40 obras da Galeria de Patriotas Latino-americanas, criada pelos Kirchner
As obras serão levadas à ex-ESMA (Escola Militar da Armada), antigo centro de tortura da ditadura militar onde desde 2004 funciona o Espaço da Memória e dos Direitos Humanos, também na capital Buenos Aires. “Toda a coleção de quadros será mantida junta, porque foram doações de governos de outros países latino-americanos”, disse a La Nación uma fonte próxima ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, sem ter o nome citado pelo jornal.
Evita Perón, Getúlio Vargas, Simón Bolívar e Pancho Villa também são retratados em quadros da galeria. A obra que representa Bolívar foi doada pelo governo da Venezuela. A mudança é coordenada pelo secretário-geral da Presidência da Argentina, Fernando De Andreis.
“Na realidade, as paredes dos pátios e corredores da Casa Rosada não devem funcionar como uma galeria de pintura ou mostra de quadros, ainda mais tão enviesada. Não faz sentido estarem ali”, disse a La Nación um organizador que trabalha na transferência das obras. Segundo essa fonte, a galeria que será montada na ESMA continuará com o nome Patriotas Latino-Americanos, mas deverá ser acrescida de quadros que retratam líderes históricos da Argentina e de outros países do outro lado do espectro político. Para o governo Macri, o kirchnerismo possui afinidade política com as personalidades representadas nos 40 quadros.
Em fevereiro deste ano, foram retirados da Casa Rosada, a mando de Macri, os retratos de Néstor Kirchner e Hugo Chávez. As duas obras estavam em exibição na sede do governo desde maio de 2015.