O secretário-geral da AD, Henry Ramos Allup, também tentou espantar dirigentes e militantes que tenham pretensões de increver candidaturas para estas eleições.
Se houver algum caso, será "autoexcluído" do partido AD, que foi o que mais candidaturas apresentou (12) na votação do dia 15 de outubro, em que conseguiu ainda o maior número de governadores opositores eleitos (4 de 5).
"Chegamos a conclusão de que para estas eleições não é viável a participação", e recordou "no caso em que participem militantes de AD terão o mesmo tratamento estatutário que tivemos em relação aos quatro governadores, que ficaram autoexcluídos do partido", disse Ramos Allup em coletiva de imprensa.
Segundo ele, AD tomou esta decisão após conversar com outros partidos da coligação opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que tem evidenciado profundas fraturas após a derrota eleitoral sofrida pela oposição nas eleições regionais, quando a aliança conseguiu ganhar somente cinco dos 23 governos estaduais do país.
Já o presidente da ABP, Richard Blanco, destacou que seria um "erro contundente" participar da nova votação.
No caso do partido Causa R, a decisão de não participar foi realizada através de um comunicado no último sábado. "Resulta imprudente e inconveniente seguir aceitando o esquema de eleições relâmpago tipo emboscada que terminm gerando frustração e divisões dentro da maioria democrática", diz a carta, em que afirma que "não criticarão" aqueles que decidam participar e exercer o direito ao voto.
O dirigente nacional de Vontade Popular, Freddy Guevara, avisou que não vão participar das eleições municipais, convocadas pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC) e programadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
"Não vamos participar das municipais para não validar estas condições nem aceitar que se mantenham para presidenciais. Vamos lutar por eleições livres", escreveu Guevara em sua conta no Twitter.
Diante deste novo processo eleitoral, cujo cronograma começou nesta segunda com a inscrição de candidaturas no CNE, a MUD —aliança que reúne mais de 30 partidos opositores— mantém silêncio. Não anunciou se participará como coligação.