Durante quase 12 horas, as urnas eleitorais permaneceram sob cuidado de milhares de jovens e adolescentes, num ambiente muito diverso ao de outros países, onde são policiais e representantes das forças armadas que desempenham este papel.Segundo o último boletim da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), até as 17:00, hora local, deste domingo, quase sete milhões de cubanos exerceram seu direito ao voto, cifra que representa 78,5 por cento dos convocados.
A CEN concederá uma coletiva de imprensa para informar sobre os resultados finais das eleições.
De acordo com o primeiro vice-presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, ao exercer seu direito ao voto, o povo está defendendo sua soberania diante das ameaças contra a Revolução, em meio a uma conjuntura mundial complexa.
Logo após participar das eleições genrais em um colégio da cidade central de Santa Clara, Díaz-Canel se referiu ao recrudescimento da política de Washington frente Havana depois da chegada ao poder do presidente Donald Trump e rechaçou a decisão da Casa Branca de retomar os postulados da Doutrina Monroe (referente à dominação estadunidense na América Latina).
Com nosso voto demostramos que esta pátria segue sendo independente, livre, soberana e socialista, afirmou após saudar os eleitores, pioneiros e integrantes da mesa eleitoral.
Em outro momento, o alto funcionário asseverou que participar do sufrágio representa um compromisso com a geração histórica que forjou a Revolução e é um tributo a seu líder histórico Fidel Castro, assim como um apoio ao presidente Raúl Castro.
De sua parte, o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), Esteban Lazo, enfatizou a necessidade de ratificar nas urnas a unidade do povo cubano frente às agressões externas contra o processo revolucionário.
Ao exercer seu direito ao voto na jornada das eleições gerais celebrada em Cuba neste domingo, Lazo comentou que, diante das ações intervencionistas provenientes do exterior, o melhor remédio é a unidade.
Assim mesmo, reiterou seu chamado a não ceder frente aos embates da atual administração da Casa Branca, encabeçada por Trump.
Na segunda etapa do processo eleitoral, foram habilitados 24 mil e 470 colégios eleitorais nos 168 municípios de Cuba e mais de 38 mil jovens votaram graças a sua inclusão no recenseamento da nação caribenha após completarem 16 anos de idade.
Neste proceso 605 indivíduos se lançaram candidatos a deputados ao Parlamento e mil e 265 a delegados às Assembleias Provinciais do Poder Popular.
Como novidade, neste ano somou-se a figura do colaborador, função que assumiram mais de 17 mil alunos de nível médio e universitário com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral cubano.
Segundo lo previsto, no próximo dia 25 de março serão constituídas as Assembleias Provinciais do Poder Popular, e o Parlamento cubano se reunirá em 19 de abril.