No mesmo dia em que o governo dos EUA pôs em prática novas medidas que reforçam ainda mais o bloqueio econômico contra a Ilha, descrito pelo presidente da República Miguel Díaz-Canel Bermúdez, como «expressão de impotência, degradação moral e desprezo imperial», Cuba ratificou sua decisão de continuar colaborando com a Venezuela, «porque a solidariedade de nossos povos está acima das provocações do império».
Isto foi afirmado pelo vice-ministro do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro da República de Cuba, Roberto López Hernández, que preside a reunião que analisa o progresso atual do Acordo de Cooperação Integral entre as duas nações, que se vai reunir até quinta-feira, 24, nesta capital, em que também definirá os objetivos do ano 2020, cujas projeções de benefícios sociais enfrentam obstáculos gerados pela interferência e obstinação de Trump e seus lacaios na área.
López Hernández disse que este encontro é um sinal dessa vontade e da resposta às ameaças e sanções cínicas do império «que nos acusam como responsáveis por sustentar a Revolução Bolivariana, mas terão que nos apagar do mapa se quiserem que paremos de colaborar com esse povo irmão e seu governo constitucional», enfatizou.
Enquanto isso, Ramón Gordils, vice-ministro de Cooperação Econômica do Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da Venezuela, observou que «no espírito de resistência, continuamos com nossa agenda de integração, cooperação e desenvolvimento, apesar das grandes dificuldades econômicas de nossos países».
Gordils chamou esses esforços «como um exercício de teimosia e paciência estratégica e exemplo para os povos de Nossa América» e se referiu à situação internacional, marcada «pela imposição de sanções e medidas remotas ilegais, coercitivas, unilaterais de Direito Internacional contra Cuba, Venezuela, Nicarágua, Irã, República Popular Democrática da Coréia».
E contrastou: "Todos aqueles que têm promovido essas sanções têm o pátio alvoroçado, com as pessoas nas ruas, desafiando o neoliberalismo, arrumando suas vidas, lutando para manter seus direitos e a resposta tem sido repressão».